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Chicarelli (PSDC) | Antônio More/
Gazeta do Povo/Arquivo
Chicarelli (PSDC)| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo/Arquivo

A Corregedoria da Câmara de Curitiba vai analisar o caso do “voto por engano” do vereador Chicarelli (PSDC). Na sessão plenária do dia 19 de outubro, o parlamentar votou em nome do vereador Chico do Uberaba (PMN) no projeto que analisava a prestação de contas da prefeitura referente ao ano de 2011. A denúncia foi encaminhada pela Mesa Diretora do Legislativo que alega que “a autoria e a materialidade estão evidenciadas no reconhecimento feito pelas imagens registradas pelas câmeras internas do plenário”.

Apesar de o fato ter sido apontado como grave pela Mesa, a Corregedora da Casa, vereadora Noemia Rocha (PMDB), contemporizou a denúncia. “A gente está entendendo que não houve má-fé. O projeto era importante, mas não havia concorrência de votos. Era unânime e uma votação de segundo turno. Além disso, o voto do Chicarelli era o mesmo do Chico do Uberaba”, disse a corregedora.

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Noemia Rocha ainda não decidiu qual será o destino da denúncia, mas cogita duas opções. A primeira é arquivá-la por julgar que não houve dolo, mas segundo ela, é preciso que essa decisão esteja bem subsidiada do ponto de vista jurídico. A segunda alternativa é encaminhar a denúncia ao plenário para que o colegiado decida se abre, ou não, um processo de denúncia contra o vereador. Noemia afirmou que este trâmite não é regimental, mas foi acordado entre a Mesa e a Corregedoria.

O vereador Chicarelli disse estar tranquilo em relação à denúncia e concorda com a denúncia apresentada pela Mesa. “O entendimento que eu tenho é que o presidente em sua boa-fé, teve essa conduta para mostrar para a sociedade que a Câmara não prioriza um vereador ou outro”, afirmou.

Chicarelli disse que vai apresentar sua defesa e tem confiança de que os vereadores entenderão seus motivos.

Segundo o vereador, o voto que deu em nome de Chico do Uberaba foi um lapso. “Foi como se você tivesse dirigindo e usasse o celular. Deu um branco e errei o negócio de apertar. Raramente eu saio da minha bancada e na hora de voltar eu me confundi e votei de outro aparelho”, disse.

Sobre a demora de cerca de 20 minutos em admitir o erro plenário, Chicarelli afirmou que isso aconteceu porque ele não percebeu a confusão e só foi ter certeza depois de assistir ao vídeo gravado pelas câmeras do plenário.

É a segunda vez neste ano que uma situação em que um vereador vota por outro vira assunto disciplinar dentro da Câmara de Vereadores. Em abril, Valdemir Soares (PRB) renunciou após ter votado por outro parlamentar.

Entenda o caso

Durante a votação das contas de 2011 da prefeitura de Curitiba, em segundo turno, o vereador Chico do Uberaba (PMN) pediu a palavra para reclamar que, ao tentar votar, já tinham feito isso por ele.

“Eu não apertei o + [botão de voto favorável] aqui, e está apertado o meu aqui. Juro que não fui eu. Era o que ia apertar, mas não fui eu que apertei, não. Só para deixar claro”, afirmou Chico do Uberaba.

Cerca de vinte minutos depois da manifestação de Chico do Uberaba, o vereador Chicarelli se pronunciou e admitiu o erro.

“Gostaria de registrar que eu vinha deslocando de um lado para cá e acidentalmente, ou sem querer, ou não percebendo, eu apertei a votação do vereador do lado. Deixar bem claro que assumirei toda a situação, que realmente apertei, [vi as imagens] pela câmera, e foi sem ver, sem interesse nenhum de modificar a votação”, justificou-se ao plenário.

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