Para o bichinho fujão não se perder por aí

Um pequeno descuido dos donos é o que basta para que um pet se perca e desapareça permanentemente. Para evitar este tipo de transtorno, um acessório é indispensável: a coleira com placa de identificação. O professor Paulo Parreira, do curso de Medicina Veterinária da PUCPR, explica que o dispositivo deve ser usado pelo animal desde os primeiros meses da vida, para que ele se adapte. “Caso contrário, o bicho pode ficar irritado e não se acostumar depois”.

O especialista recomenda ainda atenção especial ao tamanho do acessório. “Nesse caso, menos é mais. Escolha a menor placa possível e coloque o seu telefone e o nome do animal”, detalha. Parreira alerta que é preciso evitar as coleiras de guizo, que fazem barulho, pois o som estressa muito os bichos.

Quanto ao material do acessório, prefira aqueles que não machuquem o pet, como o náilon, que resiste mais tempo; e o couro. Os gatos, especialmente, precisam de coleira que tenha elástico para permitir movimento. Vale lembrar que eles sobem em árvores e há risco de o felino ficar preso pelo acessório, alerta o médico veterinário.

Porteiro amigo
O médico veterinário Ricardo Zanatta orienta que o dono “apresente” o pet ao porteiro do prédio e peça um favor: para ele segurar o bicho caso apareça por lá sozinho.

Sozinho, jamais
Evite deixar o animal andar sozinho e dar a famosa “voltinha”. Zanatta alerta que o animal pode se assustar na rua, por isso é importante usar a coleira e a guia de lado em todos os passeios.

Cio
Castre seu animal: grande parte das fugas é ocasionada pelo cio da fêmea. Os machos podem sentir o cheiro a quilômetros de distância, o que os deixa agitados e ansiosos para ir atrás delas. A fêmea, por outro lado, pode escapar porque o cio faz com que ela busque a presença de um macho.

Dados em dia
Na placa de identificação é importante que os dados do dono estejam atualizados, alerta Zanatta. Se você costuma viajar muito, é bom deixar o número de um parente ou amigo também.

Por que os bichinhos se perdem ou fogem?

– O instinto de caça é forte ou quer reconhecer o território.
– Por medo de trovoadas, de fogos ou de ficar sozinho.
– A família se mudou para um novo endereço e o cão foi recém introduzido ao local.
– Os donos viajam e o bicho sai à procura.
– O animal está em uma hospedagem ou local que não reconhece como seu território.
– Bichos velhinhos ou doentes tendem a ficar desorientados com mais frequência e podem se perder mesmo em trajetos e lugares que eles sempre frequentaram.
– Mesmo sem que os donos saibam, o cão pode estar sofrendo maus-tratos por alguém que frequenta a casa.

Fonte: Ricardo Zanatta, médico veterinário.

VITRINE
Confira algumas opções de coleiras de identificação: