Animal

A evolução do “procura-se”

Ana Luiza Prendin, especial para a Gazeta do Povo
05/08/2012 03:16
A história do empresário Wander Nascimento também teve um final feliz. Em junho, a espevitada Pretinha, vira-lata de 1 ano, escapou para a rua. O dono, preocupado, divulgou uma foto da cadela, relatando o sumiço, no Facebook. “Foram cerca de 400 compartilhamentos”, relembra.
Foi assim que surgiu a heroína da história, Camila Wolinger, cliente da loja de peixes ornamentais de Wander. Como ela não conhecia a cadela, Camila verificava todo cachorro com as características da Pretinha que avistava. “Quem procura, acha”, argumenta. De tanto procurar, acabou encontrando-a, após quase seis dias.
A mobilização provocada por casos como este confirma que a internet é uma ferramenta importante para que todos contribuam com a causa. A empresária e membro do grupo Salva Bicho Chris Luersenn afirma que o alcance conquistado pela divulgação no Facebook e em sites especializados potencializa o número de novos voluntários.
A radialista Flávia Consoli se surpreendeu com o apoio de amigos e desconhecidos no Facebook, quando Bali, seu gato de 6 anos, fugiu. Ela diz que recebeu muitas ligações de pessoas que haviam encontrado gatos parecidos com o dela. “O Bali voltou sozinho para casa depois de sete dias, mas a divulgação do caso acabou resgatando outros gatos perdidos”, conta.

Outros casos

Simbá
A advogada Adriana Oliveira é apaixonada por cães, capaz de parar tudo o que está fazendo para ajudá-los. Em abril deste ano, ela encontrou Simbá, um cocker bem cuidado mas já velhinho, vagando na Av. Prefeito Erasto Gaertner. Adriana imediatamente o levou para uma clínica veterinária próxima a região. Uma das funcionárias postou uma foto no grupo do Facebook “Cães, Gatos e Animais Achados e Perdidos, em Curitiba”. Com isso, Adriana conseguiu encontrar, após um trabalho de detetive, como ela mesma define, o dono do cachorro. Como o dono já não podia cuidar do cachorro, a advogada acabou encontrando um novo lar para Simbá, que ficou aos cuidados de uma amiga.
Koda
A socióloga Laura Sokolowski, que faz parte do grupo Tomba Latas, havia resgatado Koda em julho do ano passado e encontrado uma nova família para o vira-lata. Em outubro do mesmo ano, o seu protegido escapou dos novos donos. Ela conseguiu recuperá-lo quase oito meses depois. “ Espalhei cartazes na região em que ele fugiu, fiz inúmeras buscas, além de divulgar no site Cãopanheiro Curitiba”.
Uma senhora que havia recolhido temporariamente o cachorro reconheceu sua foto no anúncio do site e entrou em contato com Laura. Com aproximadamente 2 anos e meio, Koda está novamente para doação.

Coragem
Coragem, um vira-lata de 2 anos e meio, havia sido adotado há pouco mais de um mês pela estudante Natalia Turchetti quando escapou para a rua. O cachorro foi encontrado por umas crianças que passavam em frente à casa, que o levaram para a escola, acreditando que estava perdido. Natalia conta que para encontrá-lo, colou cartazes pela região, além de divulgar no Facebook e em sites especializados. Em menos de cinco dias, uma funcionária da escola onde as crianças estudavam reconheceu o cão e entrou em contato com a estudante para devolvê-lo.

Animais resgatados