Animal

Ai que coceira

Andrea Torrente, especial para a Gazeta do Povo
02/06/2013 03:14
“Eu morava no interior, mas lá não tinha tratamento. O veterinário simplesmente dava injeções de corticoide”, conta Andrea. “Quando mudei para Curitiba, onde o clima é mais úmido, a situação piorou: ele se lambia e se coçava muito por todo o corpo, chegava a se machucar, a arrancar a pele. Troquei a ração e os produtos de limpeza para o banho, mas não adiantou nada. Até que o levei para uma clínica, onde descobrimos que tem alergia a ácaros”. O problema também pode se manifestar devido ao contato com pólen, poeira, fungos, penas e fibras vegetais.
Agora, uma vez por mês, Ted toma medicamentos específicos para manter a alergia sob controle. Além disso, uma ração especial e um xampu anti-alérgico completam os cuidados que Andrea emprega para o bem-estar do seu pet. “Ele está super bem, mas sei que Ted vai ter que ficar sempre em tratamento para manter a alergia sob controle”, observa.
Alimentos, pulgas…
A dermatite atópica é uma das três mais comuns que os cachorros podem sofrer, além da alergia alimentar e a que ocorre em decorrência de picadas de pulgas. Cerca de 10% dos cães de raça pura sofrem de dermatite atópica, que costuma se manifestar entre um ano e meio e três anos de idade. Entre as raças mais suscetíveis estão: golden retriever, labrador retriever, lhasa-apso, west highland white terrier, poodle, boxer e bulldog. “Quando ela ocorre devido a fatores genéticos, não tem cura, mas é possível mantê-la sob controle”, explica a professora de Medicina Veterinária Fabiana Monti, da Universidade Tuiuti do Paraná.
Por outro lado, se a alergia for alimentar, é fundamental fazer o teste para descobrir qual é a substância que causa os sintomas e então agir para eventualmente modificar a dieta. Somente conhecendo as causas é possível intervir para eliminar, ou pelo menos, amenizar o sofrimento do seu bichinho de estimação. “No caso da derma­­tite alérgica a pulgas, ela ocorre devido às inúmeras substâncias presentes na saliva do parasita”, completa Fabiano Montiani-Ferreira, professor de Clínica Médica de Pequenos Animais na Universidade Federal do Paraná (UFPR).