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O que muda quando o bicho envelhece

Amanda Milléo
30/10/2015 17:54
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Foto: Bigstock

A expectativa de vida de cães e gatos domésticos aumentou nos últimos anos com novas vacinas, alimentação balanceada com rações específicas e diagnósticos precoces.
Em geral, cães e gatos a partir dos seis anos são considerados idosos, e a primeira atenção dos donos deve ser a alimentação, diz a professora de clínica médica de animais de companhia na PUCPR, Ana Paula Sarraff. “Procure rações para idosos ou sênior. Elas são balanceadas para a idade e tamanho, com menos sódio e mais vitaminas”, diz ela.
A mudança na ração pode causar impacto no paladar do pet, então comece devagar. “A transição deve ser gradual, de sete a dez dias, especialmente se ele sempre foi alimentado com comida caseira”, explica Ana Paula.
Se o seu animal tiver predisposição a alguma doença crônica, leve-o a cada seis meses na consulta com o médico veterinário. De forma geral, as consultas de rotina devem ser feita uma vez ao ano. Segundo Mariana Scheraiber, professora de doenças em cães e gatos pela Universidade Tuiuti do Paraná, nessas consultas é feito um check up geral, com exames de sangue, hemograma, ureia, creatinina, exames físicos e de imagem.
Terceira idade
6 anos é a idade em que, de forma geral, os cães de porte maior atingem a fase idosa, pois a expectativa de vida é de 10 anos. Entre os animais de porte menor, a expectativa aumenta, chegando a 20 anos, e a terceira idade também vem mais tarde, aos 10 ou 12 anos.
PRIMEIROS SINAIS
Veja o que muda  ao envelhecer:
Coloração do pelo- Se a região dos olhos, focinho e boca estão com pelos brancos, seu amigo está ficando velho.
Doenças oftalmológicas- A catarata é uma doença bem comum também entre os animais. Normalmente, quando ela se instala, o dono e ele só se dá conta quando o cão esbarra em objetos pela casa. Embora exista tratamento, varia de acordo com o animal e o avanço da doença.
Surdez- Antes, ele escutava o dono chamando de longe e agora precisa estar bem próximo para ouvir. Sinal de que a idade está avançando.
Musculatura- Como o animal não corre mais como antes e não faz tantas atividades físicas, a musculatura pode sofrer uma atrofia.
Dorminhoco- O cão idoso não tem mais tanta energia quanto antes e prefere ficar mais no canto dele, quietinho, sem tanto agito. É possível também que ele se sinta cansado com mais facilidade e tenha mais sono.
Fonte: Mariana Scheraiber, professora de doenças em cães e gatos pela UTP e Ana Paula Sarraff, coordenadora da unidade hospitalar de animais de companhia da PUCPR.