Animal

Cachorro com medo de fogos, o que fazer?

Da redação
31/12/2016 09:00
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Foto: Reprodução.

A movimentação atípica de fim de ano é um estresse para os animais. Viagens, hospedagem em hotéis e queima de fogos são fatores que não estão na rotina dos bichos e que podem ser prejudiciais a eles. Para evitar o trauma, o adestrador e especialista em comportamento animal Alexandre Rossi, mais conhecido como Dr. Pet, explica que é possível ensinar um cachorro desde criança a se acostumar com barulhos. Caso seja tarde demais, são indicados pequenos cuidados paliativos como deixar portas e janelas fechadas, já que no desespero o animal pode fugir ou se jogar; procurar deixá-lo num ambiente que tenha o cheiro dos donos, confortável e em que ele possa se esconder, se sentir seguro.
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“Quando o cachorro se assusta com o barulho não se abaixe para dizer que está tudo bem, isso pode sugerir ao cão que você também está com medo. Comemore! Dê a ele um petisco, bata palmas, faça aquilo parecer normal”, indica. A farmacêutica idealizadora da DrogaVET Sandra Schuster afirma que é muito comum a manipulação de fitoterápicos com propriedades calmantes para este período, mas que eles precisam ser indicados corretamente. Manter o animal em ambiente seguro, fechado para evitar o ruído, é outra dica importante. A farmacêutica ainda desenvolveu uma seleção musical para acalmar os animais, no Spotify.
Reações
As reações mais comuns são esconder-se em local que considere seguro, como por exemplo, embaixo da cama ou de algum móvel da casa, dentro do armário; fuga do local onde se encontra, podendo ocorrer ferimentos ao tentar atravessar barreiras com cercas e/ou vidros, assim como ao raspar compulsivamente uma porta fechada; buscar atenção das pessoas que apresenta maior vínculo; inquietação, perambulação, salivação excessiva, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dispnéia (ofegância) que podem evoluir para cianose (mucosas azuladas), hipóxia (falta de oxigênio nos tecidos), síncope (desmaio), convulsões e até mesmo morte súbita, especialmente em animais com alguma doença pré-existente.
Também é possível que o animal apresente agressividade frequentemente associada à tentativa de manipulá-lo contra a sua vontade. Ao tentar pegar o animal no momento da fuga ou da inquietação, ou mesmo ao tentar retirá-lo do local que escolheu para esconder-se, muitos animais podem apresentar agressão defensiva.
Felinos
Nos gatos, um dos problemas mais graves são as lesões múltiplas ou únicas de lambedura por estresse, que geram falhas no pelo localizadas, principalmente, no abdome, flancos e membros.
Além disso, os felinos podem parar de comer e desenvolver uma doença denominada lipidose hepática por falta de alimentação por estresse. Os sintomas da síndrome são anorexia, perda de peso, letargia, vômito e icterícia (coloração amarelada na pele, dentro das orelhas e das gengivas).