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Campeão no combate às drogas e mais rápido de Curitiba: conheça Lótus, o cão farejador da PM

Redação
02/10/2017 19:00
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Lótus foi o grande vencedor da categoria "Policial" da 1ª Cão Corrida de Curitiba. Foto: Alexandre Alves/Arquivo pessoal

Não bastasse a conhecida competência como cão farejador da Companhia de Operações com Cães (COC) da Polícia Militar, o pastor belga Lótus, de seis anos, também é um grande corredor. Ele foi o vencedor da categoria “Policial” da 1ª Cão Corrida de Curitiba, realizada no domingo (1º), no Centro Cívico.
Para conquistar o primeiro lugar, Lótus precisou deixar para trás outros 19 cães policiais. O resultado encheu de orgulho o soldado Alexandre Alves, 33 anos, que trabalha em parceria com Lótus desde 2012. “É gratificante porque é como um reconhecimento do nosso trabalho. Quando você está sempre treinando e vê um resultado positivo como esse, não tem como não se orgulhar. Até porque o Lótus não é um cão tão novo.”
Lótus posa ao lado de Alves durante realização da Cão Corrida. Foto: Alexandre Alves/Arquivo pessoal
Lótus posa ao lado de Alves durante realização da Cão Corrida. Foto: Alexandre Alves/Arquivo pessoal
Treinar e trabalhar
De acordo com Alves, seu companheiro ajudou a polícia a apreender mais de uma tonelada de entorpecentes desde que começou a carreira. Em Curitiba, ele é o cão que mais identificou drogas em toda a Polícia Militar e começou nesta atuação desde quando era filhote.
“A gente vê se o cachorro tem aptidão para a caça, se ele tem disposição. Isso na ninhada dá para descobrir. A gente faz barulho para ver se o cachorro é medroso, porque não pode ser. Normalmente, aquele que fica mais tempo atrás do brinquedo é o mais apto para trabalhar com a gente”, explica o soldado. Segundo ele, cães que são submissos, que não são o “alfa” da ninhada, provavelmente não se darão bem como cães policiais.
Para estar em forma, o cão treina todos os dias pela manhã. O trabalho em campo, porém, é mais leve. São no máximo quatro horas por dia enfrentando o crime de verdade.
A rotina de treinamento fez de Lótus um verdadeiro “scanner” de quatro patas. Qualquer traço olfativo de droga é identificado por ele, que, então, tem reações muito características.
“Ele tem todo um trejeito de orelha, de movimentação da cauda, enfim. São formas de ganhar a recompensa, que é como ele é treinado”, conta Alves. Nas horas de folga, Lótus permanece na corporação junto aos cães dos demais soldados. Ali há pessoas responsáveis pela manutenção e limpeza do canil, bem como pela alimentação dos animais.
Lótus é o cão da Polícia Militar que mais apreende drogas em Curitiba. Foto: Alexandre Alves/Arquivo pessoal
Lótus é o cão da Polícia Militar que mais apreende drogas em Curitiba. Foto: Alexandre Alves/Arquivo pessoal
Aposentadoria
Ao final da carreira, que dura em média oito anos, o cachorro fica disponível para adoção. A preferência é do condutor, que o conhece e trabalha com ele no cotidiano. Se ele não puder ficar com o animal, o restante da corporação pode sinalizar interesse em assumir a guarda.
Caso o dono ainda assim não apareça, pessoas de fora da corporação também podem pedir pela adoção. No caso de Lótus, o destino é quase certo:
“Provavelmente eu vou ficar com ele, porque a ligação é muito forte. Eu tenho um filho de quatro anos, o Dante, e criança com cachorro é um show, né? Além disso, tenho uma chácara, então acho que não vai ter jeito. Ele vai ficar comigo mesmo”, derrete-se o soldado.
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