Animal

Cãozinho de honra: saiba como levar seu pet para o casamento

Bruna Covacci
15/08/2016 08:00
Thumbnail

Isabella: a golden retriver levou as alianças no casamento dos seus donos. Foto: Michel Willian/Divulgação.

Considerados por muitos como membros da família, os cães estão invadindo as cerimônias de casamento como “pets de honra”, junto com ou substituindo os pajens e daminhas. Espertos, eles encantam o público da cerimônia e conduzem o par, podendo vestir roupas feitas para a ocasião, fitas ou coleiras especiais.
O engenheiro Hugo Deno, 26 anos, sempre quis ter uma golden retriever. Pensando na vida que gostaria de construir ao lado da advogada Viviane Montenegro Coimbra Moura, 27 anos, preparou uma surpresa: deu Isabella, a cadela de dois anos e meio, como presente de noivado para Viviane. “Ela é o símbolo da nossa vida a dois e não temos muitas crianças na família. Desde o começo sabíamos que ela deveria levar as alianças”, contou Viviane.
Hugo e Viviane acariciam Bella depois da cerimônia. Foto: Michel Willian/Divulgação.
Hugo e Viviane acariciam Bella depois da cerimônia. Foto: Michel Willian/Divulgação.
A princípio, o casal pensava em deixá-la entrar sozinha. Mas como a cadela é muito ‘sociável’ e poderia parar para ganhar carinho e cumprimentar os convidados a opção foi a de fazê-la entrar na coleira, ao lado da irmã do noivo. “Sua entrada não precisou de treinamentos extra. Ela é muito educada e esperta”, contou a noiva. Para os convidados a sua participação foi uma unanimidade: linda!
A entrada de Isabella causou comoção. Foto: Michel Willian/Divulgação.
A entrada de Isabella causou comoção. Foto: Michel Willian/Divulgação.
Para tudo correr bem
O adestrador de cães da All Dogs, Fabio Peratz, fala que antes de tudo é preciso conhecer o perfil do cachorro, saber se ele é mansinho, se vai ter medo da música ou se sentir intimidado com as pessoas. O segundo passo é escolher como será à entrada do animalzinho: sozinha ou acompanhada por alguém? Depois disso só o treino garantirá o sucesso. “Simular a cerimonia do casamento diversas vezes é a única forma de fazer o cão aprender a lidar com a situação e se acostumar”, explica.
O adestrador explica que o treino pode ser feito no local da cerimonia ou numa rua, o importante é simular tudo da maneira mais fidedigna possível: música, pessoas perto, flashes e até o ambiente em que o cão ficará antes da entrada triunfal, que pode ser uma salinha separada, o carro com ar condicionado ou uma caixinha de transporte com ventilador. “Deixe-o o tempo real para que não se torne uma novidade inconveniente no dia”, diz.
O ideal é começar tudo dois meses antes, mas Peratz já treinou alguns cachorros uma semana antes do grande dia. Ter um plano B também é necessário. “Deixe o adestrador ou o cerimonial sempre por perto, se o cão voltar ou mudar o caminho podemos é possível controlar a situação”, comenta. Depois da cerimonia o ideal é retirar o cachorro do local para que ele não se agite demais e nem se estresse. “E não se esqueça da recompensa do pet!”, finaliza.