Os pets também ganham com os avanços na área da saúde. As células-tronco já são usadas no tratamento de doenças e lesões neurológicas (como hérnia de disco e danos medulares causados por fraturas vertebrais), em tendões, músculos e ossos, assim como enfermidades respiratórias e renais. Entenda o processo.
SAIBA MAIS
Veja como funciona o tratamento com células-tronco:
Origem
As células-tronco vêm da medula óssea, tecido adiposo (gordura), e ainda da polpa dentária de dentes de leite, placenta e cordão umbilical. São retiradas de bichos saudáveis da espécie, ou do próprio paciente (processo longo).
Aplicações
Em geral, são realizadas de uma a três aplicações de células-tronco em intervalo médio de 30 dias. Mas não se sabe ao certo o número de aplicações ideal, o intervalo entre elas e o número de células a serem transplantadas – e é provável que nunca se saiba. Tudo isso depende da gravidade da lesão e da capacidade que o corpo tem de estimular células viáveis, o que está relacionado a fatores como idade. Mesmo que a melhora seja visível, isso não significa que o efeito seja até o fim da vida.
Transplante
O procedimento dura de 15 a 40 minutos. Dependendo da região afetada, é preciso anestesia para que o bicho não se mova.
Efeito
Além de se multiplicar, renovando tecidos e regenerando áreas lesionadas, elas estimulam as células saudáveis (efeito parácrino). Também liberam fatores bioativos, que formam novos vasos e têm efeito anti-inflamatório.
Cura ou melhora
Depende da patologia. Na aplasia medular, quando não se produz leucócitos, hemácias e plaquetas, 60% dos animais voltam a ter uma medula ativa após a aplicação. Para a doença renal, as células não substituem o tratamento convencional. O animal não fica 100%, mas mantém a condição de saúde, ao não deixar que outras células morram.
Valor
O custo médio por aplicação é de R$ 1,5 mil em clínica particular.
O custo médio por aplicação é de R$ 1,5 mil em clínica particular.
Contraindicações
Não é indicado a pets com problemas imunológicos ou com tumores. As células-tronco migram para o tecido e criam vasos sanguíneos, fazendo com que o tumor cresça. Pets debilitados também não se beneficiam, pois as células-tronco precisam de alimento.
Fontes: José Ademar Villanova Jr., professor da pós em Ciência Animal da PUCPR e médicos veterinários Michele Andrade de Barros, diretora científica da Regenera Stem Cells e Ricardo Zanatta, do Instituto de Reabilitação Animal.