Animal

Conheça o dorminhoco e companheiro furão

Luisa Nucada, especial para a Gazeta do Povo
21/09/2014 03:16
Ele tem focinho e bigode de hamster, se lambe como o gato e é curioso e dócil como o cachorro. Menos conhecido que ”amiguinhos” anteriores, o furão é um mamífero carnívoro da família dos mustelídeos – a mesma do texugo e da lontra –, que ocupa o posto de terceiro animal de estimação mais comum nos Estados Unidos. Esguio, rápido e flexível, foi domesticado há 500 anos, dorme de 14 a 18 horas diárias e se adapta bem à rotina de donos que passam muito tempo fora de casa.
“O furão tem hábitos crepusculares, fica bem agitado pela manhã e no final do dia”, diz o médico veterinário Henri Kipgem Neto. Apesar de dorminhoco, o animal tem muita energia para gastar e gosta de interagir com o dono. “Para mostrar que quer brincar, ele dá saltos laterais de forma frenética, chamados de dança de guerra da doninha.”
Quando filhote, o furão tende a mordiscar, mas não é uma animal agressivo. Porém, não é recomendado para crianças menores de 4 anos, alerta o veterinário. “Ele é um bicho meio suicida, que não tem muita noção de perigo. Tem de ser sempre supervisionado.” O mamífero pode saltar de alturas perigosas e se machucar, por isso, deve ficar preso em uma gaiola espaçosa quando não há ninguém por perto. Basta soltá-lo três vezes por dia num cômodo pequeno, tomando cuidado com ralos e buracos.
Sua alimentação é composta de água e ração específica para furão. Ele também precisa de banhos a cada 15 dias e caixinha de areia para fazer as necessidades. “Além de amor e carinho”, completa o veterinário.
Parceiros
Há um ano e meio, o analista de sistemas Guilherme Alessandro Arantes cria dois furões em casa, o Funcho e a Yakult. A ideia de tê-los veio da sua esposa, a também analista de sistemas Tayana Vendramin, que tinha essa vontade desde criança. “É bem tranquilo de cuidar. Eles são parceiros, gostam bastante de brincar”, diz Arantes.
Os bichinhos são ligeiros e espertos: entram pela perna da calça, se enfiam dentro de bolsos e de tudo que se assemelhe a um túnel. Por serem animais de toca, têm “ciúme” de suas posses e instinto de preservá-las. “Quando soltamos os brinquedinhos, eles recolhem e guardam tudo na casinha”, conta Tayana. Ela lembra de uma ocasião em que Funcho tirou a carteira de sua bolsa e escondeu na gaveta. “Teve outra vez que deixei ele sozinho por um instante, e quando voltei, tinha entrado no forro do sofá.” A única desvantagem é o cheiro. Como eles têm a pele oleosa, alguns dias depois do banho começam a exalar um odor característico. De resto, só alegria, garantem Guilherme e Tayana. “Eles são mais carinhosos que gatos e dão menos trabalho que cachorros”, resume a dona.
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