Animal

Alimentação do filhote requer cuidados

Dayane Saleh, especial para a Gazeta do Povo
21/10/2016 16:30
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Foto: Bigstock

Eles nascem tão pequeninos e indefesos e, às vezes, não podem contar com ninguém além do dono. Seja porque o pet é proveniente de grandes ninhadas, tenha sido rejeitado ou perdido a mãe, é preciso tomar cuidados específicos para não colocar a vida dos bichinhos em risco. A atenção com a alimentação é fundamental para que, tanto o cachorro, como o gato, tenha qualidade de vida e não fique doente facilmente.
Se o filhote não puder contar com o leite materno é preciso estar disposto a gastar para garantir a saúde do animal, como explica a veterinária Ludmila de Carlos Vital, da Vital Pet. “Durante os primeiros quatro dias de vida é essencial que o bichinho consuma um leite específico que possui anticorpos, já que não vai recebê-los da mãe”, explica. Ela indica o Support First Milk, que também é composto de proteína, leite, creme de leite, gema desidratada, frutose e vitaminas.
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“É um investimento considerável pois será usado cerca de um pote de 100g por dia para cada filhote. Mas isso fortalece o animal”, pondera Ludmila. A veterinária diz que também há a opção de procurar em abrigos mães de leite para que o bichinho possa se alimentar.
A partir do quinto dia, o animal já pode começar a consumir um leite caseiro ou um substituto do leite, como o Support Milk Dog, para cães, e o Support Milk Cat, para gatos. Para fazer a versão caseira, Ludmila dá a receita. “Para um filhote, use um copo de leite integral, uma colher de sopa de creme de leite não muito cheia, uma gema de ovo e uma gota de Glicopan Gold, Glicopet ou Glutamax. Esses três são similares”, esclarece a veterinária que explica que é preferível utilizar o leite de cabra, mas se não for possível, pode ser usado o leite de vaca sem lactose.
A cada um deve ser oferecido 20 ml da mistura em conta gotas ou mamadeira de filhote num intervalo de três em três horas. Quando o animal está sem os cuidados da mãe acaba não tendo estímulo para fazer as necessidades, por isso é preciso tomar um cuidado extra depois de dar o leite. “É necessário passar um algodão com água morna na boca, ânus e aparelho urinário, usando algodões diferentes para cada uma dessas partes. Quase instantaneamente ele fará as necessidades”, explica Ludmila.
A veterinária alerta para que se observe o céu da boca do bichinho, pois se ele tiver lábio leporino pode se engasgar. Desse modo é preciso ser ainda mais paciente na hora de alimentá-lo. “Depois dos dez dias de vida a quantidade a ser dada de cada vez depende da fome do animal. Se ele continuar chorando é porque quer mais”, complementa.
Fotos: Bigstock
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A partir do 28º dia o animal já pode consumir papinha de desmame, como a Ração Premier Ambientes Papinha Desmame e ração úmida. “A ração de filhote deve ser dada até os oito meses para animais de pequeno porte. Os de grande porte devem ser alimentados com ela até completarem um ano”, especifica Ludmila.
Se o cachorro for castrado, já é preferível oferecer ração de adulto. “Depois de castrado o animal tende a engordar e a ração de adulto é menos calórica”, explica. As fêmeas de cães e gatos podem ser castradas após todas as vacinas obrigatórias, dadas até os 5 meses, e a castração é indicada a ser feita antes do cio. “Os gatos machos devem ser castrados partir do 8 mês, pois eles dependem da testosterona para não terem uretra infantil e evitar problemas urinários”, conta. Já o cão deve ser castrado antes dos 8 meses, para que não comecem a demarcar território.