Animal

Ensine seu pet a sentar, a deitar, a dar a patinha e a fingir de morto

Willian Bressan
10/10/2015 15:15
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As atividades executadas em repetição com o animal têm a missão de condicioná-lo a obedecer comandos e a ter respeito ao proprietário. Foto: Bigstock
Sentar, deitar, dar a patinha e fingir de morto. Esses são os truques mais lembrados quando o assunto é adestramento. E, um detalhe, pode ser ensinado pelo próprio dono tanto para cães e gatos. Segundo especialistas, são atividades executadas em repetição com o animal, a fim de condicioná-lo a obedecer comandos e ter respeito ao proprietário. Para Alexandre Rossi, conhecido como Dr. Pet e autor do livro Adestramento Inteligente (Editora Benvirá, R$ 23,90), qualquer um pode e deve adestrar o seu bicho de estimação para que ele aprenda a conviver cada vez melhor com a família. “Além de paciência e carinho, é necessário entender a forma de pensar e de se condicionar do seu pet, para que o treinamento seja eficiente e agradável”, explica Rossi. A médica veterinária Gisele Sprea, da Ethos Comportamento Animal, conta que até gatos podem ser adestrados. “O treinamento pode ser mais fácil em animais que apresentem boa relação social, inclusive com outros bichos. No caso dos gatos, é interessante que a socialização comece a ser realizada no período entre 2 a 7 semanas de vida, período inclusive mais receptivo para o aprendizado”, detalha.
FILHOTES
O ideal é que o adestramento comece com o cão ainda filhote, pois é a fase da construção dos hábitos do animal, de modo que qualquer comportamento equivocado que o pet venha a ter seja corrigido antes de ele entrar na fase adulta.
ETAPAS
Geralmente, o adestramento é feito em etapas e o básico se aprende em seis meses. “Para começar é bom que o pet esteja com o calendário de vacinação em dia e, a partir disso, ele já pode ser ser treinado, inclusive, na rua”, orienta o professor de medicina veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná ( PUCPR), Paulo Parreira. Normalmente, o treino é feito em três etapas, na qual deseja-se que o pet aprenda um comando específico. Gisele Sprea comenta que normalmente um petisco é usado para induzir o bicho a realizar o comportamento desejado. Em seguida, é o dado comando, no momento em que o pet esteja realizando o movimento e, por fim, dá-se o petisco como recompensa. Parreira conta ainda que o primeiro comando é o mais difícil de ser ensinado. Depois, o aprendizado é mais rápido. “É ideal que o dono participe do processo de adestramento, caso contrário o pet pode obedecer aos comandos de outra pessoa e não ao dono”, pontua.
APLICATIVO AJUDA
Donos de pets podem procurar profissionais especializados em adestramento (que podem ser recomendados pelo veterinário do animal). Mas também existem aplicativos que ajudam nesta tarefa. O app Bino (foto), disponível para Android, promete auxiliar quem tem um pet a solucionar os problemas cotidianos. Os tutoriais de adestramento contêm conceitos de videogames – a chamada “gameficação” –, como a recompensa e a passagem para uma próxima fase, desbloqueando novos níveis de dificuldade