Animal

Encontro de bulldogs promove a troca de conhecimento entre pais

Mariana Domakoski, especial para o Viver Bem
22/04/2017 17:43
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Este sábado (22) foi dia de reunir os bulldogs mais estilosos da cidade: a Bulldogada de Páscoa, organizada pelo grupo Bulldogada Barigui, tomou conta do Armazém Garagem, bar que fica no Mossunguê, em Curitiba. Cerca de 60 cachorros eram esperados quando as portas abriram, às 14 horas. No evento, os cães puderam brincar e os pais tiveram a oportunidade de conversar com outros pais sobre o dia a dia com a raça.

Cuidados

A enfermeira Fernanda Landal, 34 anos, e o marido, o funcionário público Raphael Landal, 36, compareceram ao evento. Ele são pais de Ozzy, 7 anos, e Janis, 2 e meio. Frequentam a bulldogada desde a segunda edição, em 2013, e veem nos encontros uma oportunidade de trocar informações. “Podemos sanar dúvidas com quem também tem a raça em casa. É como se fosse uma reunião de pais”, diz Fernanda.
Promover a troca de informações, aliás, é um dos objetivos dos encontros, como explica o administrador Roberto Bajdiuk, promotor do evento. “Queremos educar os interessados, mostrar que devem buscar cães de boa procedência. Além disso, é um animal que exige muita atenção e alguns cuidados especiais. Por isso, é importante avaliar bem a disponibilidade”, explica o organizador.
Entre esses cuidados, estão a limpeza regular diária das dobras, para evitar o aparecimento de fungos e problemas diversos de pele, conforme aponta Bajdiuk. Por serem cães braquicefálicos, ou seja, de focinho achatado, não ofegam de forma eficiente, o que limita sua capacidade de resfriamento do corpo. Por isso, não são cachorros de corridas, longos passeios ou outras atividades que possam causar superaquecimento.
Fotos: Mariana Domakoski/Gazeta do Povo
Fotos: Mariana Domakoski/Gazeta do Povo

Adoção

Além dos encontros, o grupo Bulldogada Barigui também resgata e promove adoção de bulldogs. Segundo os organizadores, entre os principais motivos para o abandono de cachorros da raça, estão a adaptação ao comportamento do bicho e o “descarte” dos que já não podem procriar. O grupo já resgatou 16 bulldogues desde sua criação, em 2013.
Hoje, a única que está disponível para adoção é Wave, de 6 anos, encaminhada ao grupo pelos donos de um canil que já não a queriam. Há três meses ela está em um lar temporário disponibilizado por Tamara Vander, de 24 anos, que tem um hotel para cachorros.
Fotos: Mariana Domakoski/Gazeta do Povo
Fotos: Mariana Domakoski/Gazeta do Povo
O Bulldogada Barigui tem uma lista de espera de adotantes de cerca de 80 pessoas. “Somos muito rigorosos na escolha. O animal precisa ser o único da casa. Verificamos, entre outros pontos, a situação da residência e se a família terá tempo para dedicar ao bicho”, explica Hélio Filho, do criadouro Redneck Bull’s, e apoiador da Bulldogada. Para se disponibilizar para adoção, é necessário entrar em contato com o grupo.

Próximo encontro

Cerca de 60 cachorros eram esperados nesta edição da Bulldogada. Os pais puderam trocar informações sobre o dia a dia dos cães. Foto: Mariana Domakoski/Gazeta do Povo
Cerca de 60 cachorros eram esperados nesta edição da Bulldogada. Os pais puderam trocar informações sobre o dia a dia dos cães. Foto: Mariana Domakoski/Gazeta do Povo
Aficionados pela raça e curiosos que não puderam comparecer a esta edição podem ficar tranquilos: a próxima já está prevista para junho, ainda sem local definido. Para saber todas as informações, basta acompanhar a página de Facebook ou entrar no grupo de WhatsApp do Bulldogada Barigui, mandando mensagem para (41) 99575-8176.
O Bulldogada Barigui começou em 2013, quando o idealizador, o administrador Roberto Bajdiuk, de 56 anos, levou um de seus bulldogs ao Parque Barigui e convidou outros dois amigos, que também tinham cachorros da raça. Os três chamaram atenção e, então, surgiu a ideia de organizar uma segunda saída. Nela, dez bulldogs apareceram com seus donos. No terceiro encontro, a soma já era de 93 cães. “Percebi que as pessoas mandavam muitas mensagens perguntando coisas sobre o animal, como o que dar de comer e de beber. Vi que havia muita desinformação e que um grupo iria ajudar”, conta o promotor do evento.