Animal

“É mais fácil conviver com bicho do que com gente”, diz o apresentador de tevê Richard Rasmussen

Sandro Moser
20/05/2017 17:29
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Biólogo e apresentador tevê esteve em Curitiba efalou sobre polêmicas de seu trabalho e seu amor aos animais. Foto: divulgação

“É mais fácil de interpretar o animal. As pessoas são mais complexas. Um cachorro você sabe se ele tá gostando ou não. Tem o jogo da orelha, o rabo. Você sempre sabe que horas são. Com gente você não sabe. É mais fácil conviver com bicho do que com gente”.
Apresentador do programa “Mundo Selvagem de Richard Rasmussen” no canal pago Net Geo, ele esteve neste sábado (20) na festa de inauguração da Petz, a primeira loja curitibana da maior rede de pet shop do País aberta no início deste mês no local onde antes funcionava um supermercado no bairro do Seminário.
Dezenas de pessoas foram até a loja com seus animais de estimação (cães, gatos, coelhos, furões…) para tirar fotos com o aventureiro que é uma celebridade da tevê desde 2003. Simpático Rasmussem, se comprometeu a atender todos e falou da sua relação com seus animais de estimação: um casal de antas Madalena, de 14 anos, e Pee Wee que morreu no início de 2017.
“Os animais são catalisadores. Te dão uma possibilidade de troca. As pessoas gostam de cuidar, de se sentir amadas. Os bichos te dão isso. A relação é de amor”.
Rasmussem disse que passa dez meses por ano viajando pelo mundo para gravar seus programas. O apresentador coleciona histórias de viagem na mesma medida com que acumula polêmicas com colegas biólogos e acadêmicos que o criticam por excessos em seus programas.
As principais acusações que recaem sobre Rasmussen são de maus tratos aos animais quando interage com eles e de simular situações para tornar as narrativas dos programas mais excitantes. Rasmussen reconhece que sua linguagem é polêmica, mas nega que cometa excessos e rebate os críticos. No começo de maio, ele foi acusado de pagar pescadores para matar boto rosa e exibir imagens chocantes no Fantástico. O apresentador nega todas as acusações.
“Eu sei o que faço, mas tem muita gente que não consegue ver o quadro inteiro. Minha ideia é passar uma relação diferente com os bichos e eu tenho que usar as ferramentas que eu tenho. Com todo respeito ao animal, nossa ideia é que interação sempre dê um passo a mais”, explica.
Sobre a falta de reconhecimento no circuito acadêmico, o apresentador acredita que isto “está mudando”. Ele, no entanto, defende que a prioridade de seu trabalho é entreter a audiência.
“Tevê é o entretenimento em primeiro lugar. Tem que ser assim. Tem que chamar atenção. Se não chama atenção não dá audiência e se não dá você sai da televisão”.