Animal

Eutanásia: a difícil hora de dizer adeus

Michele Bravos, especial para a Gazeta do Povo
22/07/2012 03:14

Como na história do filme Marley e eu, o momento de dizer adeus ao seu animal de estimação não é fácil. Nessa história real que virou livro e filme, o jornalista John Grogan opta pela eutanásia para cessar o sofrimento de seu companheiro, o labrador Marley.
Em situações assim, em que não se consegue mais postergar a dor nem o sofrimento do animal, é preciso entender que a eutanásia é a maior expressão de companheirismo do dono pelo seu animal. A veterinária Cassiana Ramos, professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), diz que essa deve ser uma opção quando o animal não tem mais qualidade de vida nem chances de recuperá-la.
Esse foi o caso da família do bombeiro militar Diogo Rodrigues, que teve de fazer a eutanásia do yorkshire Thor, aos 8 anos, que sofria de estenose na traqueia. “Ele chegava a se afogar com a própria saliva”, diz. Rodrigues ressalta que essa foi a última opção, pois enquanto foi possível, a família investiu em tratamentos.
A amizade que existe entre animal e dono é colocada à prova até o último minuto, uma vez que é aconselhável que o dono esteja junto do seu animal no momento da eutanásia, para transmitir segurança a ele. Rodrigues teve ainda outra tarefa difícil: contar para o filho sobre a situação do animal. “Tentei mostrar para ele que o cão não brincava mais e não agia como antes. Fui explicando o que estava acontecendo e que era necessário que ele partisse.”
A veterinária também recomenda cuidado na hora de procurar um outro animal. “O bicho não é um objeto que quebrou e pode ser substituído. Por isso, antes de adquirir um novo, reflita sobre a real necessidade de outra companhia.”
E você, acha que a eutanásia é um ato de amor? Teria coragem de sacrificar seu amigo? Comente!