Animal

Gato castrado engorda sim!

Vivian Faria, especial para a Gazeta do Povo
20/12/2016 17:00
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(Crédito: Big Stock)

A mudança hormonal e a comportamental por que passa um gato quando ele é castrado contribui para que ele viva mais. Ao mesmo tempo, elas podem levá-lo ao sedentarismo e à obesidade. “Após a castração, o animal deixa de produzir hormônios sexuais. Consequentemente o seu metabolismo desacelera, tornando o gato mais lento e, muitas vezes até, sedentário”, explica a médica veterinária da DrogaPET, Farah Ramalho de Andrade.
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O médico veterinário da Total Alimentos Marcello Machado diz ainda que existe a tendência de o bichano comer mais, por isso a probabilidade de ele engordar é ainda maior.
Por isso, os especialistas recomendam que a alimentação de gatos castrados seja diferenciada da dos felinos inteiros. A primeira diferença está na quantidade de energia da dieta, que deve ser menor. Com isso, as rações para gatos castrados contêm menos gordura do que rações tradicionais. “Elas também têm um índice alto de fibras na composição, o que ajuda na saciedade do animal e também na eliminação de bolas de pelos, uma vez que ele tende a ficar mais parado se lambendo”, diz Farah.
Outras medidas
Além de adotar a ração específica para gatos castrados, é importante não dar ao animal mais comida do que o recomendado. “Pelas alterações hormonais, o gato fica com o apetite mais acentuado, então a recomendação é que se siga exatamente as quantidades recomendadas na embalagem. As quantidades podem ser ajustadas para mais ou para menos, mas com orientação de um médico veterinário”, diz Machado.
Farah diz ainda que é importante estimular o animal a se movimentar, seja colocando os potes de água e comida em móveis elevados ou brincando com bolinhas, fios e lasers.
Velhice
Apesar de ser importante na vida adulta, a ração para gatos castrados não será ideal para toda a vida do animal, porque, na velhice, a tendência é que ele perca peso. “Essa alimentação deve ser mantida até o animal atingir os 6-7 anos, quando entra na idade senil. Então, a ração deve ser substituída por uma ração sênior, na qual temos níveis mais baixos de fósforo e proteína de alto valor biológicos e em níveis controlados”, diz Farah.