Quem prefere arregaçar as mangas e dar banho por conta própria no animal de estimação não está de olho só na redução de custos. Cuidar da higiene em casa também pode ser um momento de interação entre o pet e o dono.
Esse é o caso da professora universitária Gláucia de Salles, que dá banho nos seus dois cachorros, no quintal de casa, o Buddy, um dachshund de 9 anos, e o Scobby, cão SRD de 7 meses, adotado recentemente. Além de poupar gastos, ela acredita que é uma forma de demonstrar cuidado, curtir os bichos, brincar com eles e relaxar. “É o momento do ócio criativo, quase terapêutico”, brinca.
Gláucia conta que os cães se divertem na hora do banho. Para a dona, são as massagens que ela faz enquanto ensaboa que os deixam mais tranquilos.
A veterinária Renata Malucelli explica que é indicado escolher um dia mais quente para o banho. “O ideal é usar água morna, pois o animal pode ficar resfriado.” Para evitar uma reação alérgica, a recomendação é a de se usar produtos de higiene específicos para uso veterinário.
Outro cuidado é, antes de molhar o animal, proteger os ouvidos com o uso de algodão. Para a veterinária Tácila Tibério, um descuido com essa região pode provocar complicações, como otite (inflamação dos ouvidos). Tácila enfatiza a importância de secar o animal com secador, mesmo no verão. “Se a pele ficar úmida, podem surgir problemas dermatológicos, como dermatite e fungos.”
Se o bicho costuma ficar agitado com a situação, Renata recomenda prendê-lo com uma guia. “O ideal é fazer essa atividade em duas pessoas.” Para os animais com pelagem longa, ela indica o uso da rasqueadeira (pente com cerdas resistentes), para tirar nós.
A periodicidade do banho também varia com relação à pelagem: animais de pelos curtos podem tomar banho uma vez por mês; e para os de pelos mais longos, a indicação é de banhos semanais ou a cada 15 dias. Tácila acrescenta que, no caso dos gatos, que têm o hábito de se limpar frequentemente, o banho é recomendado apenas quando necessário – se ele estiver muito sujo ou machucado.
