aprendizado”, explica Carla Molento, professora e coordenadora do laboratório de bem-estar animal da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O cachorro, por exemplo, é o animal com maior “inteligência social”, de acordo com pesquisa do investigador Brian Hare, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, publicada no ano passado. Isso porque a relação dele com o ser humano começou na Era Glacial –15 mil anos atrás. Mas há outros bichos bem “ligeiros”. Afinal, gatos, papagaios, coelhos, hamsters e outros pets convivem com as pessoas há bastante tempo. A seguir você vai conhecer a história de três bichinhos de estimação super habilidosos.
Uma gata quase humana
A Lazkyta é uma gatinha elegante. Pote de água? Só para os gatos normais. Ela se hidrata direto da torneira. Como não consegue abri-la, costuma miar até sua proprietária, a coordenadora de produção Eliane Maria Piontekievicz, 34 anos, girá-la. A gata, chique que dói, faz suas necessidades no vaso do banheiro. Em viagens mais longas, quando está “apertada”, pula, mia e cheira o nariz dos passageiros. “É uma forma de ela falar que precisa ir ao banheiro”, conta Eliane.
Cão que abre portas e fala
Na casa da escritora Mara de Fatima Scaramella Moraes, 60 anos, quem abre a porta é o vira-lata Ítalo, 8 anos. É isso mesmo. O pet – fruto de um romance casual de Bruna, vira-lata de 12 anos, e um cachorro de rua – pula, gira a maçaneta e recebe o convidado com um sorriso na cara. “Ele aprendeu isso com outro cachorro que eu tinha, chamado Nestor, que viu as pessoas fazendo”, conta Maria. A inteligência de Ítalo vai além: a dona ensinou-o a “falar” a frase “I love mama!”. O pet balbucia algo como “aauu ouveee aumaaa”, segundo ela. “Eu só não dei continuidade ao ensinamento porque os vizinhos começaram a reclamar do barulho”, justifica.
O papagaio cantor
