Animal

Já imaginou seu pet vestido como você?

Marina Mori, especial para a Gazeta do Povo
02/07/2016 10:00
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Muitos tutores não resistem ao desejo de vestir seus pets com roupas de "humanos". Foto: Visual Hunt

Há quem diga que cachorros não deveriam vestir roupas e há quem aposte sua profissão na área. Quando o assunto é analisado entre os consumidores, os dados impressionam: em 2015, o setor de produtos voltados ao mundo pet cresceu 7,8%, chegando a R$ 18 bilhões, de acordo com os dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Se você gosta de ver pets vestindo blusas, vestidos e casacos (para protegê-los do frio ou por um motivo de estética) talvez já tenha imaginado seu cão num suéter, quem sabe, igual ao seu.  A ideia de enfeitar os pets à semelhança de seus tutores, já registrada pelo fotógrafo suíço Sebastian Magnani na série Underdogs, não é tão recente – ganhou popularidade nos EUA em 2014.
Devido ao sucesso da campanha “vista-se como o seu melhor amigo (o cachorro)”, lançada no dia 1º de abril pela marca norte-americana American Eagle em parceria com a Sociedade Americana de Prevenção à Crueldade contra Animais (ASPCA, na sigla em inglês), a marca atendeu ao pedido dos clientes e lançou uma edição limitada de roupas idênticas para humanos e pets.
Roupas da linha American Beagle. Foto: Reprodução
Roupas da linha American Beagle. Foto: Reprodução
Entre os tutores que gostam de ver seus pets vestidos à sua semelhança está a comerciante Rita Prado, de 29 anos. “A Juju me ajudou a superar um problema de relacionamento, por isso trato ela como uma filha”, diz. Na hora de dormir, Rita e Juju, uma maltês branca de 4 anos, formam uma dupla que transborda amor: vestem pijamas idênticos com corações vermelhos estampados.
A comerciante Rita Prado, 29, e sua Juju, uma maltês de 4 anos. Foto: Arquivo pessoal.
A comerciante Rita Prado, 29, e sua Juju, uma maltês de 4 anos. Foto: Arquivo pessoal.
Moda pet e empreendedorismo
A designer de moda pet Fernanda Trentin, 23, encontrou nas roupinhas para animais domésticos uma forma de alavancar seu negócio. Há um ano, formou-se na primeira turma do curso de moda pet da Sigbol, uma rede de franquias de especializada em cursos profissionalizantes de confecção e moda, e hoje desenvolve peças personalizadas sob encomenda.
De acordo com a estilista, muitas pessoas pedem roupinhas que combinem com o estilo de seus donos. “As mais requisitadas são as de motivos de bandas, mas também faço capas de chuva, moletons e suéteres. Estou recebendo muitas encomendas e vejo um futuro promissor nesse nicho. Hoje em dia consigo faturar 50% a mais com as customizações pet”, afirma.
Para o diretor da Sigbol Fashion, Aluizio de Freitas, a procura pelo curso está cada vez mais frequente. “Neste ano, nossa expectativa com relação ao número de alunos foi superada em 300%. Percebemos que este mercado está crescendo muito e parece imune à crise”, afirma. De acordo com o empresário, o curso de moda pet é oferecido em nove das 19 unidades da escola e Curitiba é um dos principais pontos de interesse para a instalação de uma nova franquia.