Gatos e cães fazem parte da rotina de muita gente. Aves e peixes também têm seu espaço nos lares quando o assunto é animal de estimação. Mas e quando esses pets são “comuns demais”? O engenheiro Daniel Bonetto, de 24 anos, optou por fugir do estereótipo dos bichos “fofinhos” quando adotou a iguana Godzilla, de 12 anos e quase 1,40m. “Sempre achei a iguana um belo animal, me informei e vi que para mantê-la não seria muito difícil, por não necessitar de tantos cuidados depois de preparado o seu ambiente”, conta.
O terrário onde ela vive, no quarto de Daniel, tem dois metros de comprimento e também de altura, troncos para que o animal possa escalar, uma lâmpada especial que substitui a iluminação solar e até sistema de aquecimento para manter a temperatura sempre entre 26 e 32°C. Passado o investimento inicial, bastam água fresca, frutas, verduras e legumes, passeios pela grama no quintal ensolarado nos finais de semana e a higiene básica que qualquer pet exige.
O pet shop Pangea Zoo, especializado em animais silvestres e exóticos, é procurado especialmente por pessoas que desejam comprar aves raras como papagaios, loris e jandaias. Entre os répteis, os mais visados são a tartaruga tigre-d’água, jabuti, iguana e a jiboia e os mamíferos mais procurados são os saguis. O veterinário Augusto Eto, da Clínica Veterinária Pangea Zoo, parceira do pet shop, diz que a maioria das pessoas que adquire um animal silvestre ou exótico busca um pet diferente.
Antes de escolher, é necessário estar atento aos cuidados necessários de cada espécie. Eto alerta para três pontos principais que devem ser levados em consideração: alimentação, ambiente e cuidados médicos. Por serem animais menos comuns, há pouca variedade de alimentos industrializados. “Existe ração para algumas espécies como papagaio, tucano e tartaruga, mas é essencial que sejam ofertados também alimentos frescos, como sementes, frutas, verduras e carne, dependendo das necessidades nutricionais”, diz. Os viveiros também devem seguir condições de substrato, temperatura e umidade ideais, além de serem necessárias visitas regulares a um veterinário especializado na área.
