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Música para cães: artista oferece concerto exclusivo para os pets na Times Square
| Foto: AFP

Nova York é mesmo mágica. Depois de mais de um milhão de pessoas celebrarem o Ano Novo na Times Square o local ficou tomado pelos cachorros. Em um espetáculo bem humorado, o artista Laurie Anderson fez uma apresentação pera cães. Dezenas deles se reuniram, ouviram e latiram para sons que são perceptíveis apenas para os seus ouvidos. Se os humanos quisessem participar, poderiam ouvir apenas com o auxílio de fones de ouvido especiais.

Anderson concebeu o show canino de segunda à noite para acompanhar seu filme mais recente, “Heart of a Dog”, que utiliza a história do rat terrier que ela adotou com seu falecido marido, a lenda do rock Lou Reed, como base para uma reflexão sobre a morte e a memória. Uma sequência de três minutos do filme, que foi originalmente encomendado pela rede franco-alemã Arte e que é uma aposta para o Oscar de Melhor Documentário, está sendo transmitida no mês de janeiro pouco antes da meia-noite em alguns dos famosos telões da Times Square.

A cena abstrata mergulha em concepções budistas tibetanas sobre a vida após a morte. Mas Anderson encarou seu show, uma ação pontual na Times Square, de forma mais leve, como um tributo ao poder unificador dos cães. “Acho que mais pessoas estão compartilhando cães nestes dias, porque todo mundo viaja muito”, declarou. “É muito divertido – latidos na Times Square!”, declarou após a performance, na qual ela deixou de lado o violino elétrico por um segmento pró-cães, liderado por sons eletrônicos.

Amantes de cachorros unidos
Anderson realizou um primeiro show para cachorros em 2010 na Sydney Opera House. No entanto, se apresentar em Nova York conta com uma grande diferença: o tempo. Anderson, utilizando um gorro, mas sem usar luvas, e a multidão resistiram a um frio de cerca de -10 graus Celsius. Sherry Dobbin, diretora do grupo Times Square Arts, por trás do projeto, disse que o momento foi intencional.

“Considerando-se que o filme é em grande parte sobre o momento em que se passa de uma vida para outra, pareceu muito natural realizá-lo após uma enorme celebração do fim do ano, com a chegada de um novo ano”, disse ela. Quando o relógio se aproximava da meia-noite e do dia 05 de janeiro, Anderson, com frio, mas eletrizada, alertou seu público. “Vocês podem continuar latindo”, declarou. Os cães, assim como os gatos, têm gamas de audição significativamente mais amplas do que os seres humanos. Para a composição, Anderson escolheu sons com decibéis baixos, ao invés de barulhos de alta frequência que poderiam irritar os animais.

Música para cães: artista oferece concerto exclusivo para os pets na Times Square
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