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Aedes aegypti pode passar doença fatal para o seu cão

Willian Bressan
19/02/2016 22:00
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O mosquito ataca cachorros, que podem desenvolver dirofalariose canina, conhecida como “verme do cão”. Imagens: Bigstock.

Não é dengue. Não é chikungunya. Não é zika. Mas o transmissor é o mesmo: o temido Aedes aegypti. Embora prefiram sangue humano, como explica o professor André Luís Fonseca, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, o mosquito também ataca os cães, que desenvolvem a dirofalariose canina, conhecida como “verme do cão”.
Um estudo da Zoetis Brasil, empresa especializada em produtos veterinários, mostra que cerca de 32% dos animais da região litorânea do Paraná sofrem com a doença, uma vez que altas temperaturas são consideradas ideais para que os mosquitos transmissores (Aedes e Culex) se reproduzam. “Essa é uma doença causada por um parasita que tem tendência a se abrigar no coração e pode provocar embolia pulmonar e cardíaca, podendo levar à morte”, alerta Thais Casagrande, coordenadora do curso de medicina veterinária da Universidade Positivo.
Transmissão
Para que ocorra a transmissão, o mosquito tem que picar algum animal doente, se infectar e depois picar outro cão sadio. Após a picada, o parasita entra na corrente sanguínea do animal e o cão começa a apresentar os sintomas. “Tosse, falta de ar, emagrecimento, cor escura da língua e intolerância ao exercício só são aparentes depois de alguns meses que o animal já está infectado”, explica Papa.
Os veterinários orientam que, caso o animal vá viajar para um local com casos da doença, que ele receba um vermífugo com no mínimo 15 dias de antecedência da viagem. Sprays inseticidas também podem funcionar para prevenção, tendo eficácia de até 98% durante 30 dias. Mas o ideal é associar com o remédio. Outras medidas preventivas: apostar em coleiras especiais e, é claro, impedir a reprodução do mosquito, evitando deixar água parada.
FIQUE ATENTO
Cuidados para manter tanto donos quanto pets livres do Aedes aegypti:
  • Troque a água
    O ideal é fazer a troca da água do pet pelo menos duas vezes ao dia. A desova do mosquito ocorre em criadouro com água parada, onde os ovos depositados são aderidos às paredes do recipiente, bem próximo à superfície da água, porém não diretamente sobre o líquido.
  • Lave bem
    Limpe com escova ou palha de aço as paredes dos recipientes que abrigam a água e não podem ser eliminados, onde o ovo pode permanecer grudado.
  • Remédio em dia
    Para tentar manter os animais livre da dirofilariose, mantenha com o anti-parasitário em dia.
  • Repelentes
    Existem repelentes específicos para cães, incluindo apresentações especiais em forma de coleira, que podem ser indicados por médicos veterinários. Desinfetantes a base de citronela ajudam a manter os mosquitos afastados, assim como manter no ambiente difusores com óleo de cravo ou outras substâncias naturais.