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Como prevenir e tratar a ação de fungos em cães e gatos
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Coceira e descamação da pele são indícios da ação dos micro-organismos. Foto: Bigstock

Se o bichinho de estimação apresentar falhas redondas na pelagem, procure um veterinário: o “reino fungi” pode estar no ataque. Coceira e descamação da pele (com aparência de caspa) também são indícios da ação dos micro-organismos patogênicos, que causam infecções nos pets em vários níveis de intensidade. Os médicos veterinários especialistas em dermatologia veterinária Marconi Rodrigues de Farias, professor da PUCPR; e Fabiana dos Santos Monti, docente da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), falam sobre as  principais doenças fúngicas que acometem cães e gatos:

Malasseziose
É uma micose considerada branda, mais comum em cães. Causada por leveduras, se manifesta principalmente em dobras, onde há mais calor e umidade. Os sintomas são vermelhidão na pele, coceira e mau cheiro. Fique atento à região dos dedos, dobras da face, orelha, axila e períneo, que requerem boa higienização. Pugs e buldogues têm mais chances de sofrer com a doença.

Dermatofitose
É uma doença superficial que acomete os felinos com mais frequência. A infecção não causa coceira. Os gatos têm uma espécie de seborreia, quase como caspa, na região dorsal. A raça persa, por exemplo, apresenta a doença desse jeito. Outro sinal da doença são as falhas de pelo circunscritas, ou seja, em formato redondo. A dermatofitose pode ser adquirida no ambiente ou através do contato com animais doentes. Opte por pet shops que tenham frequente higienização dos equipamentos (escovas, tesouras e máquinas de tosa). Por provocar falha de pelos, a doença pode ser confundida com a sarna, que é causada por um ácaro.

Esporotricose
É a doença fúngica mais grave que acomete pets e é mais comum em gatos. A micose pode atingir áreas profundas da pele e causar úlceras. A coceira é um sintoma. Com o avanço da doença, feridas apresentam sangue e pus e há a formação de crostas (neste estágio, pode ter febre, parar de comer e emagrecer). Os gatos machos não-castrados, com acesso à rua, são mais propensos.

Tratamentos
O tratamento de micoses de cães e gatos envolve banho medicamentoso, remédios orais e antimicóticos tópicos. No caso da esporotricose e da dermatofitose, também é necessária a higienização do ambiente e o tratamento dos pets que têm contato com o animal doente. “Pessoas que adoecerem têm de procurar o médico”, instrui Farias, que lembra que essas duas doenças são zoonoses – podem ser transmitidas o homem.

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