Animal

Seu cachorro foi programado para te amar

Dayane Saleh, especial para a Gazeta do Povo
05/03/2017 09:00
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A convivência também é fator determinante no relacionamento entre cães e humanos. Foto: Bigstock

Em estudo recente, cientistas descobriram que os cachorros são naturalmente sociáveis com os humanos, como se tivessem sido geneticamente programados para nos amar. Ao contrário de outros caninos, como os lobos, já é sabido que os cachorros se desenvolveram e se adaptaram ao relacionamento com nós.
Foi o afeto humano e necessidade de proteção que criou a possibilidade dos caninos selvagens de milhares de anos atrás se desenvolvessem para se tornarem seres tão pequenos e fofos aos nossos olhos. Eles já fazem parte das nossas sociedades e famílias há, pelo menos, 15 mil anos.
A pesquisa foi realizada com centenas de beagles que precisavam realizar uma tarefa simples: alcançar a comida que estava dentro de caixas com tampas transparentes, para que eles pudessem visualizar o objeto de desejo. Cada um dos cães tinha acesso a três destas caixas, porém, uma delas tinha a tampa lacrada e não era possível retirá-la sem a ajuda de um humano. Aí vinha o intuito do experimento: quanto tempo o cão levaria para pedir a ajuda de uma pessoa, fosse por contato visual (aquele olhar pidão) ou correndo até eles.
Enquanto os lobos persistem em realizar tarefas por eles mesmos quando se encontram numa situação de dificuldade, os cachorros parecem ter uma tendência natural a recorrer aos humanos quando precisam de ajuda. Mesmo assim, entre os beagles existiram aqueles que foram mais e menos independentes.
Então, os cientistas analisaram o DNA dos 95 cachorros com notas mais altas e mais baixas no ranking de sociabilidade com a nossa espécie para descobrir quais genomas estão relacionados aos traços de amor e convivência com nós.
Ao fim da pesquisa, eles descobriram que são cinco genes os responsáveis por esse comportamento por parte dos pets. O interessante é que alguns destes também estão relacionados a traços de personalidade em humanos.