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Tinder de adoção de animais vai conectar ONGs e protetores com quem quer um pet

Redação
19/03/2018 17:00
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Funcionando por geolocalização, o Tinder pet vai ajudar ONGs a encontrar adotantes. Foto: Bigstock

Protetores independentes e organizações não governamentais (ONG) que cuidam de animais abandonados vão ganhar seu próprio “Tinder” a partir da primeira quinzena de abril: usando a geolocalização, o site responsivo vai dar “match” entre doadores e adotantes — o nome oficial do projeto ainda não foi divulgado.
Toda a ideia da ferramenta é da psicóloga Andreia Freitas, de São Paulo. Protetora independente desde criança, ela conta que já resgatou “até morcego” e cuidou de mais de 200 animais. Muitos, ela abriga na própria casa, mas, para outros, paga hotéis especiais para pets. A experiência com os bichinhos resgatados a sensibilizou para o tema.
“Pensei nisso [no Tinder de adoção] assim que conheci o Tinder de gente”, conta. Executado com a ajuda de um financiamento coletivo que arrecadou R$ 15 mil, o projeto ainda precisou que ela mesma investisse uma quantia que faltava do próprio bolso para terminar de bancá-lo.

Match

O Tinder de adoção imaginado por Andreia vai funcionar de forma muito parecida ao original. A diferença é que, em vez de um aplicativo, ele será um site totalmente responsivo, ou seja, o conteúdo se adapta ao aparelho que está sendo usado para acessá-lo. Organizações não governamentais (ONG) poderão cadastrar até 120 animais, enquanto protetores independentes indicados por elas terão direito a 20 cadastros.
Operando por meio de geolocalização, ele vai mostrar aos possíveis adotantes animais que estão próximos dele. Animais de todas as regiões do Brasil estarão disponíveis para serem recebidos em lares carinhosos por meio da ferramenta. Andreia diz que considera a novidade positiva “para quem está querendo adotar, pela facilidade de encontrar animais num raio de 15 km e dentro das características cadastradas previamente no site”.
Tão importante quanto oferecer os desejados amigos peludos aos adotantes é facilitar a vida de quem resgata esses bichinhos. “Para quem quer doar, além de um maior alcance, [será] a oportunidade de ter um banco de dados, uma página para organizar todos os seus animais disponíveis para adoção e receber os candidatos já triados”, explica a idealizadora.
Quando um candidato a tutor se interessar por um animal específico, é só dar like na imagem dele e, na sequência, responder a um questionário. Essa etapa serve para garantir que o candidato está realmente interessado em fazer uma adoção responsável. Depois, a ONG ou protetor vai entrar em contato com o adotante.

Serviço completo

Em sua conta no Twitter, Andreia avaliou que, além de ajudar protetores, ONGs e adotantes, o Tinder pet “ainda vai mapear áreas, fazer levantamentos, ajudando as prefeituras na questão da proteção animal”.
O lançamento da plataforma vai dar continuidade ao trabalho que ela desenvolve em uma página no Facebook. A “Cachorro de Peruca” já faz essa ponte entre quem quer adotar e quem precisa encontrar um lar para animais resgatados.
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