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Vai viajar com seu animal de estimação? Confira a documentação necessária

Rodrigo Batista, especial para a Gazeta do Povo
16/12/2017 08:00
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Alguns cuidados são importantes para o conforto dos pets e para evitar dores de cabeça aos tutores. Foto: Bigstock.

Quem tem um pet, precisa planejar duplamente as viagens de fim de ano: além da programação da família, também é necessário saber onde o animal vai ficar. Para viajar, o pets precisam de documentação e cuidados especiais. Alguns fatores são fundamentais para serem seguidos e que podem evitar transtornos tanto para o animal quanto para as pessoas, como alimentação, hidratação, saúde, atestados veterinários e documentação.
Conforme explica a médica veterinária e professora adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Carolina Zaghi Cavalcante, a avaliação prévia de um médico é importante para determinar a saúde do animal, para saber se ele aguenta a viagem.
Alguns fatores que são levados em conta envolvem o tempo de viagem, o meio de transporte e a idade do pet. “Será avaliado além do paciente se as vacinas e os medicamentos antiparasitários estão em dia e também se o controle de pulga e carrapato está dentro do prazo de vigência”, explica a médica.
Cinto de segurança é um dos itens fundamentais em viagens, mas há outros importantes. Foto: Bigstock.
Cinto de segurança é um dos itens fundamentais em viagens, mas há outros importantes. Foto: Bigstock.

Segurança é fundamental

É importante usar uma caixa de transporte específica para animais de estimação, cinto de segurança ou uma cadeira própria para bichos, o que garante a proteção deles durante o trajeto. “É bem importante que ele [o animal] esteja acostumado a andar de carro, a usar as caixas de transporte e a usar cinto de segurança”, diz Carolina. Por isso, acrescenta, é necessário começar com viagens mais curtas com os animais, para que os tutores possam sentir aos poucos o comportamento dos bichos.
Bebedouros e comedouros adaptados são boas opções para o pet não ficar desassistido. Foto: Bigstock.
Bebedouros e comedouros adaptados são boas opções para o pet não ficar desassistido. Foto: Bigstock.

Alimentação e hidratação

Como a viagem pode causar enjoos nos pets, é aconselhável que eles façam jejum de duas a quatro horas antes do embarque. “Alguns animais são mais sensíveis ao movimento e necessitam receber medicamentos para minimizar este mal estar gerado [durante a viagem]”, aponta a médica veterinária.
Carolina recomenda que seja mantida a hidratação regular do animal, além de ser necessário respeitar o momento de necessidades fisiológicas. “Por exemplo, em uma viagem de carro, é aconselhável uma parada a cada duas ou três horas para que o pet possa urinar, defecar ou beber água. Nas viagens mais longas, é aconselhável disponibilizar na caixa de transporte água e bebedouros adaptados”, explica.

O que fazer para o pet não se estressar?

Ficar dentro de uma caixa, longe do tutor, em meio a outros animais em viagens de longa duração pode ser uma situação estressante para os bichos. Mas mesmo nessas circunstâncias, algumas dicas podem minimizar o desconforto ao animal. Uma delas é colocar dentro das caixas de transporte um objeto, cobertor ou pano que o pet goste ou que tenha o cheiro que ele está acostumado. “Outro fator é o animal estar adaptado ao uso da caixa de transporte. Adaptar o animal de forma progressiva é essencial para diminuir o estresse”, afirma.

Os documentos não podem ser esquecidos

Empresas de viagem geralmente exigem documentos para que os animais sejam transportados em ônibus e aviões. Por isso, os tutores devem sempre se informar do que é necessário para o animal viajar. Em caso de viagens internacionais, as pessoas precisam verificar com o consulado do país de destino quais os documentos necessários, pois as normas variam de um lugar para outro.

Conforme explica a médica veterinária, no caso de viagens nacionais, os tutores precisam estar munidos de carteirinha de vacinação atualizada e atestado de saúde do animal, feito por médico veterinário. Em viagens internacionais, é fundamental o Certificado Veterinário Internacional e Certificado Zoosanitário Internacional (emitidos pelo Ministério da Agricultura), carteirinha de vacinação atualizada e atentado de saúde do animal.

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