As pedras portuguesas, aquelas mesmas do calçadão de Copacabana ou do centro de Curitiba, foram para dentro de casa. Assim como o mármore – agora cortado em fatias finíssimas e translúcido – aplicado em grandes áreas ou locais de destaque. Só que a transposição não é simples assim. É coisa dos novos tempos. As arquitetas Pauline Moraes e Bárbara Penha, por exemplo, inseriram um mosaico de petit-pavê no centro de um painel amadeirado. Essa divisão fomentou um contraste de cores e formas, com a madeira delicada sobre a pedra rústica.
Para valorizar o mármore da escada da sala, a arquiteta Gisela Ribeiro inseriu pastilhas da mesma pedra com filetes de vidro entre os degraus. O mármore das placas de 30 milímetros de espessura deixou o lugar requintado. Tem pedra até em papel de parede. O designer Daniel Casagrande e o arquiteto Luis Maganhoto aplicaram o revestimento feito com mica no corredor que dá acesso a um lavabo. Segundo os profissionais, o material, composto de 80% de mica e 20% de resina, é resistente e sofisticado. “Quase uma joia de parede”, brincam.
Outra novidade é a pedra iluminada. Entre as opções para os adeptos a ela, há duas comuns: o mármore trabalhado em pietra fina, uma tecnologia que possibilita a passagem de luz, e o ônix, que é naturalmente translúcido.
Nos dois casos, lâmpadas frias ou LED são usadas ao fundo da pedra. O diretor comercial da Stone Gallery, Peterson Reksiedler, diz que o pietra fina reduz o volume do mármore de 2 centímetros para 5 milímetros de espessura e anexa a ele uma espécie de plástico que o deixa quatro vezes mais leve e seis vezes mais resistente do que o original.
Em um projeto executado para a Casa Cor Paraná, os arquitetos Richard e Christian Schonhofen utilizaram, no tampo de uma pia e em toda a parede de um box, o mármore trabalhado em pietra fina. O banheiro se tornou um verdadeiro ambiente-desejo na mostra.
Quanto ao ônix, a gerente da Michelângelo Mármores e Granitos, Simone Kovalhuk, explica que a pedra é considerada semipreciosa. Na onda das pedras iluminadas, a arquiteta Cris Daros utilizou ônix no lavabo, que ganhou fortes reflexos de elegância. Literalmente.
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