A semana de alta-costura inverno 2015 de Paris aconteceu, semana passada, em plena folia de Copa do Mundo. Não foi o evento mais importante da temporada. Desfiles menores, pouca gente se deslocando para acompanhar apenas quatro dias de apresentações e, o principal: a moda apresentada nas passarelas, apesar de ter todo o apelo do sob medida e do feito à mão por grandes artesãos, tem um resultado visual que se assemelha hoje muito ao prêt-à-porter. Momento artsy amenizado por uma volta ou ao mais simples ou ao clássico. Há quem se foque sem dó e piedade em atirar para todos os lados (ou em busca de todos os bolsos). Caso do estilista Elie Saab que apresentou uma coleção que agrada os gostos das endinheiradas internacionais, vindas de diferentes partes e que não vivem sem um brilho na roupa. É a turma das que amam dar aquela esnobada no preço pago. Para o resto, é olhar e apreciar o momento. Vale uma espiada. Absorve aí o que pode ser um presságio das próximas temporadas. Pouca criatividade. Mais do mesmo para segurar quem quer comprar. O futuro? As marcas vão continuar a usar a alta costura para firmar sua conexão com o alto luxo. Podes crer. Som? Jeff Beck, “Come dancing”.
• Cool – A invasão do branco total nas passarelas da Dior e Chanel vai influenciar a moda de 2015.
• Chic – A coleção de Giorgio Armani que, aos 80 anos, se mantém fiel a um estilo que não erra a mão no equilíbrio entre cores, cortes e brilho. Bravo para ele!
• Over – O momento selfie começa a ser visto como “démodé” por uma turma que frequenta a primeira fila dos desfiles. Amém!
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