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Astrólogo desvenda os mitos e verdades da sexta-feira 13

Redação
13/10/2017 15:39
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A data é associada à má sorte, mas especialistas garantem que a sexta-feira 13 não é mais problemática que qualquer outro dia. Foto: Visual Hunt

Dia de azar, o pior dia do ano, péssima data para começar um novo projeto. Há quem nem saia de casa em uma sexta-feira 13 e dá nome a uma doença: parascavedecatriafobia. Mas o historiador e astrólogo paranaense Marcos Kusnick garante que tudo não passa de uma construção coletiva que, justamente por ser compartilhada por tanta gente, pode acabar influenciando essa data.
Kusnick é professor de história e explica que a associação da sexta-feira 13 à má sorte tem raízes antigas. “O número 13, em algumas culturas, é um número que parece meio fora de lugar. Porque o 12 é muito comum. São 12 apóstolos, 12 signos do zodíaco, 12 deuses do Olimpo. O 13, por sua vez, parece meio deslocado.” A sexta-feira também tem, segundo ele, uma carga historicamente ligada ao azar. Desde a antiguidade esse dia é associado a culturas pagãs.
Somando-se as duas coisas, criou-se o que ele chama de fenômeno cultural, que é a sexta-feira 13. “Desde os filmes de terror até as lendas urbanas, tudo começou a dar uma feição de que esse é um dia de azar. Mas, falando como astrólogo, não acredito que tenha nada de mais. São coisas que as pessoas vão interiorizando e aí acabam influenciando.”
Para Kusnick, o estigma relacionado à data acaba fazendo com que as pessoas identifiquem mais eventos ruins nesse dia, em comparação aos demais. Isso não quer dizer, porém, que esse eventos realmente aconteçam mais na sexta-feira 13, só quer dizer que, nos outros dias, ninguém está preocupado em contabilizá-los.
Adepto de uma astrologia focada em questões individuais, o astrólogo afirma que cada pessoa tem seu próprio ciclo e que um mapa astrológico é como um DNA, cada um tem o seu. “Eu não culpo ninguém por não acreditar em astrologia, se você tomar essa previsão que se faz por signo. Meu processo é menos ligado à previsão e mais a apontar as tendências do indivíduo. Não se pode estabelecer uma coisa tão genérica.” A mesma lógica serviria para desmitificar a sexta-feira 13. Uma data não teria, para ele, o poder de afetar massivamente toda a humanidade.
O conselho de Kusnick para esta sexta-feira 13 é o mesmo que ele diz que daria em qualquer outro dia. “Toda vez que nos depararmos com essas tradições, nós temos que entender que elas têm uma razão histórica, mas nós é que estamos no comando de nossas vidas. Não podemos nos deixar abater ou sugestionar por essas questões que têm origens que a gente não pode identificar.”
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