Cinco dicas que ajudam a aproximar pais e filhas

Pouca participação nas tarefas com o bebê e falta de vontade de ficar e brincar com o pai são algumas das principais questões que aparecem na vida em família quando o assunto é envolver mais o homem com o tema paternidade.

Separamos cinco dicas do colunista do Viver Bem, Marcos Piangers, autor do livro “O Papai é Pop”, para ajudar a melhorar a conexão entre pais e filhas. Confira:

Isso vale principalmente para as crianças com menos de seis anos. “Nós temos dificuldade depois de adultos de brincar e entrar nesse mundo de fantasia. Muitos pais põe isso na conta do tempo, mas é importante a gente reaprender a ser criança. E essa dificuldade de conexão é um problema”, salienta Piangers.

Segundo Piangers, os pais devem refletir desde cedo sobre o envolvimento emocional com as filhas — essa proximidade é essencial para que, no futuro, ela escolha bons maridos e namorados. E a história não é balela, mas científica. “Pesquisas mostram que quanto mais um homem  participa da vida de sua filha de forma carinhosa, mais a sua filha escolhe namorados e maridos legais, atenciosos”, destaca Piangers.

O colunista salienta que a falta de participação paterna se dá muito pela construção social, e não exatamente pelo caráter do homem, que não é preparado para ter filhos. “O homem desde muito pequeno  é preparado para ser jogador de futebol, ganhar dinheiro, ser o provedor, e pegar mulher. Desde muito pequeno, os tios, o pai, até às vezes atá a mãe, bate no ombro da criança e diz ‘esse vai ser garanhão’. E isso acompanha a construção daquela criança. E aí questionamos por que os homens traem e  são pouco dedicados ao processo, aos filhos e aos relacionamentos”.

Portanto, segundo Piangers,  é necessário se esforçar para “aprender a ser pai”: participando de todos os cuidados, tarefas e assuntos que permeiam a vida da filha ou do filho. “Só assim o homem vai descobrir o prazer que é isso, de participar da maior aventura humana, que é criar uma pessoa”

A falta de participação do pai é uma das principais queixas das mães — na primeira temporada da série “Pergunte ao Piangers”, uma das leitoras se definiu como “mãe solo casada”, já que o pai, segundo ela, parecia “tio do próprio filho”: nunca ia junto ao pediatra, reuniões s da escola e brincava muito pouco.

Segundo o colunista, além de os homens começarem a se envolver mais no processo, as mães podem auxiliar delegando tarefas. “Não queira fazer tudo e ser a mãe perfeita. Comece a delegar. Se ele não participar, arrume algo para fazer, vai viajar no fim de semana e deixa ele sozinho com o bebê.  E depois, é respeitar a forma como ele faz a mochila para creche, como ele troca, dá comida. Desautorizar ou diminuir a forma como ele faz vai afastar ainda mais o pai” ensina.

Para começar a se envolver mais com a filha e com o filho, Piangers acredita que os homens precisam começar a falar mais sobre ser pai. “É muito bom que homens discutam sobre paternidade, celebrem a vida em família e se sintam compelidos a participar também. Quando a gente chega numa reunião e tem nove mães e um pai, nos sentimos deslocados. Quanto mais homens participarem, mais outros pais vão se sentir compelidos a participar”.

ASSISTA: A primeira temporada completa de “Pergunte ao Piangers”. Tem alguma pergunta? Mande e-mail ao: pergunteaopiangers@gazetadopovo.com.br.

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