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Foto: Arquivo pessoal
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“Meu nome é Lucas, mas pode me chamar de Harry”. É assim que o jovem de 24 anos, Lucas Malaquias Pimenta, costuma se apresentar. Desde que conheceu a história do bruxo Harry Potter, criado pela escritora britânica J.K. Rowling, o paulistano radicado em Curitiba se tornou fã incondicional da série que hoje celebra 20 anos do lançamento do primeiro livro, em 1997, e conquistou o mundo. Conhecido como o Harry Potter de Curitiba, o jovem conta com mais de 50 itens em sua coleção e dois títulos: o de figura pública da cidade, cedido pela Câmara dos Vereadores em 2016, e o de técnico em quadribol – modalidade praticada pelos personagens da história –, pela Associação Brasileira de Quadribol (ABRQ).

Lucas conta que começou a ler os best sellers assim que o primeiro filme da saga (Harry Potter e a Pedra Filosofal) foi lançado, em 2001. Ao longo de uma década, os sete livros foram readaptados para o cinema e entraram para a lista das maiores bilheterias da história. Em 2011, o último filme da saga (Harry Potter e as Relíquias da Morte parte 2) contabilizou mais de US$ 1 bilhão.

Depois de se encantar com a história, o garoto se transformou no personagem. “Diziam que eu era parecido com o Harry, então resolvi me vestir como o bruxinho. Peguei umas roupas que tinha em casa – calça e camisa sociais –, comprei a gravata e a varinha pela internet e fiz a capa que compõe o uniforme da Grifinória (uma das quatro casas da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts)”, conta. Com a vestimenta pronta, Lucas começou a participar de diversos eventos de cosplay, em que as pessoas se vestem como personagens fictícios.

Foto: Reprodução Facebook
Foto: Reprodução Facebook

A maquiagem da cicatriz em forma de raio, na testa, e a colocação das lentes de contato azuis são responsabilidade da mãe de Lucas. “Ela me incentiva muito e me acompanha nas maratonas dos filmes. Enquanto ela me pergunta quem é quem, vou narrando as falas e explicando tudo sobre a história”, diz. O jovem se considera uma “enciclopédia” do Harry Potter e afirma já ter lido cada um dos livros mais de 10 vezes. 

“Planejei escrever um livro com as explicações de cada feitiço lançado na história, de A a Z, mostrando os personagens que usaram e os seus efeitos”, conta. De vez em quando, o bruxinho curitibano não resiste e lança alguns encantamentos imaginários. “Nada como um ‘estupefaça’ ou um ‘petrificus totalus’ para as pessoas que zombam de mim”, brinca.

Quadribol: o jogo dos bruxos adaptado à vida real

Lucas diz que pratica o jogo desde 2005. “Eu nasci jogando quadribol. Isso é minha vida”. Na história, o esporte é famoso entre os bruxos e consiste em dois times que disputam a partida em vassouras voadoras e tentam fazer o máximo possível de gols utilizando uma bola de couro pesada. À parte, um dos jogadores tenta capturar o pomo de ouro, uma minúscula esfera dourada que voa sobre o estádio.

O jogo dos bruxos foi adaptado aos humanos pela primeira vez há 12 anos em Middlebury College, Vermont, nos EUA. A partida é uma combinação das regras do rugby, queimada e pega-pega e cada time é formado por sete jogadores; o 15º integrante representa o pomo de ouro.

A paixão pela modalidade é coisa séria para o Harry Potter de Curitiba: ele tem tentado implementar o jogo na universidade desde que ingressou no curso de Educação Física, na PUCPR, e só agora recebeu o aval para que o jogo fictício seja reconhecido oficialmente. “Recebi um e-mail na semana passada com a declaração de que agora a universidade está abrindo as portas para o primeiro time universitário de quadribol do sul do país. Estou muito feliz”, comemora o estudante, que também está fazendo seu trabalho de conclusão de curso sobre o assunto.

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