Comportamento

Bruna Covacci

Idoso prova que nunca é tarde para começar e pratica acrobacia aos 67 anos

Bruna Covacci
25/06/2017 12:00
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Seu Horacio decidiu "viver seus sonhos" e começou a praticar artes marciais. (Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo) | Gazeta do Povo

O servidor público Horácio Sendacz, 67 anos, é prova de que idade não é limite para começar qualquer atividade esportiva. Faixa preta em artes marciais, há oito meses começou a praticar acrobacia – modalidade que mistura atividades dinâmicas como estrelas e verticais com exercícios de força e posturas em equipe.  “Hoje eu me sinto muito melhor do que quando entrei. Consigo até ficar de cabeça para baixo fazendo um elefantinho (movimento acrobático)”, diz.
Ele, que já foi bancário, comerciante e ferroviário, começou a trabalhar muito cedo. Formado em Administração de Empresas é, atualmente, servidor público do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR), onde trabalha desde 2005. Nos últimos anos resolveu “viver seus sonhos”. Como ele fez isso? Fez curso de piloto de avião, escreveu livros e plantou árvores. Foi assim também que começou a praticar esportes e artes marciais, em 2010.
Horácio durante a aula com a instrutora Lilith Marangon. Foto: Reprodução/Facebook.
Horácio durante a aula com a instrutora Lilith Marangon. Foto: Reprodução/Facebook.
Para ele, a modalidade de acrobacia é muito realizadora. “Eu me vejo fazendo coisas incríveis”, diz. Por conta de dificuldades cardiológicas, Sendacz precisa fazer exercícios físicos e, ao mesmo tempo, tomar alguns cuidados durante a prática, como o de não correr ou não exagerar na hora de levantar peso. “Eu me sinto feliz por ter encontrado algo que permita que eu me desenvolva e respeite os meus limites. Pouco a pouco eu me vejo fazendo mais”, fala. Atualmente, ele treina três vezes por semana, com duas horas de aula de arte marcial e uma de acrobacia.
Atividade física na terceira idade
Um estilo de vida sedentário pode fazer com que aconteçam perdas em quatro áreas importantes para a saúde e independência motora: força, resistência, equilíbrio e flexibilidade. É o que explica a professora mestre em Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Rosecler Vendruscolo, que desenvolve pesquisas sobre a ação da atividade física na vida do idoso. Segundo ela, melhorar a força e a resistência torna mais fácil subir escadas e carregar coisas. A melhoria no equilíbrio ajuda a prevenir quedas e a ficar mais flexível pode evitar lesões e acelerar a recuperação delas.
(Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
(Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo)
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