O Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) abriu uma investigação para apurar supostas irregularidades na comercialização do spinner — um brinquedo giratório que vem caindo no gosto de adultos e crianças.
Conhecido com “hand spinner” ou “fidget spinner”, o dispositivo promete aliviar tensões e ajudar no combate ao estresse.
No entanto, relatos de acidentes com o brinquedo no exterior despertaram a atenção do órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
A abertura da investigação também foi motivada por um alerta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) sobre o spinner. Pelas normas brasileiras, todos os brinquedos precisam passar pela avaliação do instituto. “Caso contrário, estará irregular no mercado e as empresas que o comercializarem estarão sujeitas às sanções previstas em lei”, diz o alerta, reproduzido em nota do MJSP.
O spinner foi criado em 1993 pela norte-americana Catherine Hettinger com o objetivo de tranquilizar as pessoas e ajudar na promoção da paz mundial. A produção foi interrompida por falta de recursos, mas o brinquedo foi redescoberto duas décadas depois e passou a ser usado para acalmar jovens — e até adultos — com distúrbios de atenção e autismo.
Pelo menos um caso de acidente foi relatado em Curitiba — o do menino curitibano João Victor, de seis anos, que engoliu uma peça do brinquedo, em junho.
A ONG Criança Segura, que promove a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes, é contrária ao uso dos spinners por crianças. “Já existem diversos relatos de acidentes que aconteceram fora do Brasil e agora aqui. A recomendação é não usar o brinquedo”, informou a ONG, por meio da assessoria de imprensa, ao Viver Bem.
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