Comportamento

Testamos: saiba como é participar de um jogo de escapismo

Bruna Covacci
15/10/2016 18:23
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As pistas para abrir os cadeados podem estar em todos os lugares. Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo. | Gazeta do Povo

Como nos filmes da saga “Jogos Vorazes”, inspirado nos livros da escritora Suzane Collins, os jogos de escapismo viraram febre no mundo todo. Nele, grupos de quatro a seis pessoas imergem em diferentes cenários com apenas um objetivo: escapar. O modelo de entretenimento surgiu no Japão em 2007 e chegou a ser citado na série norte-americana “The Bing Bang Theory”. No momento, também está sendo usado para recrutamento e avaliações empresariais.
Antes do jogo começar um vídeo te deixa ainda mais familiarizado com o ambiente. Serapio/Gazeta do Povo.
Antes do jogo começar um vídeo te deixa ainda mais familiarizado com o ambiente. Serapio/Gazeta do Povo.
Quando a porta fecha há apenas uma certeza: você não sabe do que é capaz e não conhece quem está ao seu lado. Calma, diferentemente do filme, a fuga deve ser feita em conjunto e todos os participantes são parte importante da equipe, não estão competindo um com o outro. Destreza, raciocínio lógico, paciência e determinação são essenciais.
Neste sábado, testamos a sala Alcatraz do “Escape Box”, localizada no Shopping Crystal e que abre para o público neste domingo (16).
Al Capone é o grande gângster que quer ter seu grupo livre novamente. Serapio/Gazeta do Povo.
Al Capone é o grande gângster que quer ter seu grupo livre novamente. Serapio/Gazeta do Povo.

Como funciona

Acredite, o medo e a sensação de claustrofobia vão embora logo nos primeiros minutos. A adrenalina e o desafio tomam conta da sua cabeça e só restam dois inimigos: você mesmo e o tempo correndo. Cada detalhe é importante. As pistas estão no chão, na parede, embaixo da cama – observe tudo e não deixe nada para trás. Você não vê o tempo passando, mas os erros te deixam exausto. É nessa hora que o trabalho em equipe é ainda mais importante, pois as pistas que estão na sua frente podem passar despercebidas.
Revirar o ambiente que você está é essencial. Serapio/Gazeta do Povo.
Revirar o ambiente que você está é essencial. Serapio/Gazeta do Povo.
Na sala Alcatraz a prisão dos anos 1930 é reproduzida de forma fiel provocando uma profunda imersão. É como se Al Capone estivesse lá, torcendo pela sua fuga. Se você seguir o caminho correto, o gângster vai até falar com você. Por conta da pressão do relógio até abrir um cadeado pode ficar difícil. Assim, mesmo chegando perto, o grupo que participamos não conseguiu se libertar (foi por pouco!).
É preciso estar atento a tudo. Serapio/Gazeta do Povo.
É preciso estar atento a tudo. Serapio/Gazeta do Povo.
Não desvendar todos os segredos é mais um benefício do brinquedo, que te mostra como lidar com a frustração. Nas salas, vencer não é comum. Não há contraindicações e crianças menores de 12 anos acompanhadas de um responsável também podem fazer parte da brincadeira. O importante é que o pequeno seja inserido à dinâmica. O jogo todo é monitorado via câmeras de vídeo e existe um botão de emergência, caso algum incidente aconteça.
O trabalho em equipe é primordial. Serapio/Gazeta do Povo.
O trabalho em equipe é primordial. Serapio/Gazeta do Povo.
Em Curitiba, duas franquias trabalham com o jogo. A “Escape Box”, no shopping Crystal, que traz duas salas: Al Capone, em que os personagens do bando do gângster precisam escapar da prisão e Piratas, onde a tripulação, a bordo do navio Barba Negra, precisa conquistar o tesouro escondido livrando-se da maldição. Funciona de terça à sábado, das 13h às 22 horas e custa R$ 65 (por pessoa).
Já o “Escape 60” traz as salas Corredor da Morte, PS: Tenha Medo e Salvem Nossas Almas (S.O.S.). O jogo fica na Avenida Presidente Getúlio Vargas, 1.405, bairro Água Verde e funciona  diariamente, das 10h às 22 horas. O preço é de R$ 69 por pessoa (dias de semana) e R$ 79 (sábados, domingos e feriados).