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Exame de PETC-CT com PSMA ajuda a diagnosticar o câncer de próstata em sua fase inicial e é indicado para suspeitas de reincidentes da doença
Exame de PETC-CT com PSMA ajuda a diagnosticar o câncer de próstata em sua fase inicial e é indicado para suspeitas de reincidentes da doença| Foto:

Apesar de se tratar de uma parte muito pequena no organismo masculino, a próstata é uma grande preocupação entre os homens que já passaram dos 50 anos. Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para os anos 2016-2017 apontam a ocorrência de cerca de 600 mil casos novos de câncer entre a população em geral. O câncer de pele (não melanoma) é o responsável pelo maior índice: 180 mil novos casos. Mas os casos de próstata (61 mil) e mama (58 mil) vêm logo atrás.

No Paraná, as projeções seguem a tendência nacional. Dos mais de 25 mil novos registros de câncer em homens neste ano, 5.260 são casos de câncer de próstata, atrás dos casos de câncer de pele, que ocupam o primeiro lugar, com 5.950 casos.

O médico urologista Ari Adamy Júnior explica que o câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que a maioria dos casos é registrada em homens com mais de 60 anos. Os exames anuais de monitoramento – que incluem o exame de PSA, realizado por meio da coleta de sangue, e o toque retal – são recomendados para todos os homens a partir dos 50 anos. Segundo Adamy, apenas pacientes com histórico familiar de câncer de próstata devem começar o rastreamento antes disso, aos 45 anos.

Como detectar

Como em muitos casos, o câncer de próstata não manifesta sintomas na fase inicial. Os primeiros sinais de alerta são as alterações no exame de PSA (sangue) e no exame de toque retal, onde o profissional tem condições de avaliar se a glândula apresenta algum tipo de alteração física. Adamy explica que, constatadas essas alterações, é solicitada a biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.

Atualmente, avançados exames de imagem são capazes de identificar as células cancerosas ainda em estágio inicial, ampliando as chances de tratamento e de cura.

Exames de imagem como o PET-CT com PSMA estão entre os recursos mais modernos a que os médicos têm acesso para identificar o local exato da neoplasia. Esse tipo de tecnologia, explica o urologista, é capaz de detectar o câncer em seu estágio ainda muito inicial e que poderia passar despercebido em outros exames de imagem, como a ressonância. Segundo ele, é indicado principalmente para pacientes que apresentam suspeitas de reincidência da doença.

 Precisão do exame

O médico nuclear Raul Martins Filho, do Cetac, em Curitiba, explica que o PET-CT é a fusão de dois exames de imagem, o PET Scan (que é a tomografia por emissão de pósitrons) com uma tomografia computadorizada (TC). O diferencial para o câncer de próstata é o uso do PSMA, um radiofármaco (“contraste”) que é absorvido pelas células cancerosas e, com isso, aponta o local exato das células doentes. “O exame de PET-CT analisa o corpo todo do paciente. Com o uso do radiofármaco, as células com alguma alteração ficam coloridas, brilhantes, o que contribui com a precisão do exame”, esclarece.

Veja como funciona o exame

Vantagens do exame

De acordo com Martins Filho, diferente de outros exames de imagem, o PET-CT com PSMA pode ser feito por pessoas com marcapasso – situação inviável num exame de ressonância magnética, por exemplo – e até por pessoas com alergia ao contraste, uma vez que o radiofármaco utilizado não apresenta contraindicações. “É um exame bem seguro e tranquilo. Não é necessário nem a presença de um acompanhante, pois o paciente pode ir para casa dirigindo, se quiser”, comenta.

O médico nuclear salienta que, em geral, o PET-CT com PSMA é recomendado a pacientes que já fizeram o tratamento do câncer de próstata e que voltaram a apresentar alterações sanguíneas ou clínicas nos exames de monitoramento com o urologista ou oncologista.

Prevenção

Diretamente ligada às funções sexuais, a próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino responsável por produzir um líquido que compõe parte do sêmen.

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