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O que fazer quando a criança reclama muito de dor de cabeça

Marja Nunes
07/05/2018 08:00
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Foto: Bigstock

A dor de cabeça é um problema que atinge milhões de pessoas e não poupa nem mesmo as crianças. Existem vários tipos de cefaleia, nome clínico para a enfermidade, e problemas como a enxaqueca afetam em torno de 15% da população brasileira, incluindo os pequenos.
O uso exagerado do computador, videogames e televisão, juntamente com poucas horas de sono, são as principais causas que provocam dores de cabeça nos pequenos. No entanto, os especialistas atribuem a ocorrência dessa doença também ao estresse, quadros alérgicos e à ingestão de alguns alimentos ou bebidas.
Quando procurar um pediatra
 Nem sempre é exagero e manha. Se a criança se queixa de dor na cabeça e não tem relação alguma com enfermidade ou mal-estar físico, se a dor é forte e não atenua ou se a criança sente dores de cabeça com muita frequência, a indicação é levá-la ao pediatra.
As causas são as mais variadas, desde doenças infecciosas, problemas oftalmológicos, uso exagerado de eletrônicos ou até mesmo condições clínicas mais graves que necessitam de investigação mais detalhada, como tumores e malformações vasculares cerebrais.  Para o diagnóstico correto, é necessário avaliar toda a história clínica da criança, associada a exame físico completo e neurológico, além de outros exames complementares.
“Nas crianças, as dores de cabeça podem se apresentar de forma aguda ou crônica, com sintomas associados ou não. Pode ser parte de um quadro clínico, como na sinusite, por exemplo, ou a própria doença, como é o caso da enxaqueca”, explica a médica pediatra Andréa Curt.
Diagnóstico preciso
A médica radiologista pediátrica do CETAC, Dolores Bustelo, acompanha os pequenos atendidos no setor infantil do centro de diagnóstico por imagem e explica que os exames fornecem importantes subsídios para o tratamento correto. Segundo Dolores, dependendo da suspeita clínica, o médico – geralmente um pediatra ou neurologista – solicita exames de imagens mais detalhados para definir qual será o tratamento a ser seguido. Os exames indicados para as crianças são raio-X, ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
“É necessário estar atento aos casos mais graves como meningite ou neurocisticercose, malformações congênitas como hidrocefalia ou mesmo casos de tumor cerebral”, comenta Dolores.
Será que é enxaqueca?
 Nos últimos anos, a enxaqueca está se convertendo em uma das doenças mais frequentes entre as crianças. Em muitos casos, chega a afetar os estudos e suas habilidades físicas e motoras. Por essa razão, a prevenção é necessária.
Caso o seu filho tenha crises de dor de cabeça recorrentes, fique atento a outros sinais: se o incômodo surge em mais de um lado da região, com intensidade moderada a forte, e se vem acompanhado de enjoo e vômito. A enxaqueca costuma se manifestar também pela fotofobia (incômodo com a luz), fonofobia (desconforto diante de sons altos) e alterações visuais (aura: luzes piscando, manchas brilhantes ou visão borrada). Em geral, é pulsátil (lateja)  e piora com o esforço físico. Vale lembrar que o histórico familiar conta muito para o problema e que a cefaleia não é um problema genético.