Ao longo da vida, uma série de modificações ocorre no organismo. Os músculos começam a sofrer a partir dos 20 anos, quando o corpo inicia um processo de perda da massa muscular. O problema se intensifica com o avanço da idade, ao reduzir a força, a mobilidade e as capacidades funcionais, atingindo principalmente idosos a partir dos 60 anos. Essa perda acentuada da massa se chama sarcopenia, que alcança de 13% a 24% de pessoas entre 65 e 70 anos e mais de 50% da faixa acima dos 80. Saiba mais sobre essa síndrome:
Sinais
O idoso perde a habilidade de realizar atividades simples, como carregar uma sacola pesada, fazer caminhadas leves, levantar da cadeira ou vestir a roupa. “A sarcopenia afeta diretamente a capacidade de se cuidarem sozinhos. E estudos mostram que quanto mais independentes, mais tempo de vida eles têm”, aponta a geriatra Débora de Alcântara Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia Regional Paraná. A perda de força também pode acarretar quedas. “Se gerar fratura, a sarcopenia pode levar à hospitalização e até ao óbito”, aponta o geriatra Clóvis Cechinel, do Hospital do Idoso Zilda Arns. O médico destaca que idosos considerados obesos também podem sofrer da síndrome, que nesse caso é menos perceptível visualmente.
Tratamento e prevenção
O tratamento e a prevenção são compostos por exercícios físicos de resistência, que trabalham os músculos. E não precisam ser realizados em academia, desde que haja orientação profissional. “Para o idoso, exercícios funcionais, como agachamento, podem ser indicados porque ajudam nas dificuldades do dia a dia”, cita Débora. Sessões de fisioterapia também podem ser recomendadas para reverter o quadro. Um problema comum entre os idosos é a alimentação pobre em nutrientes, causada por motivos como dificuldade de ir ao mercado e até pelo uso de uma prótese dentária inadequada. Por isso, uma dieta específica, com suplementação hiperproteica e hipercalórica, também podem ajudar amenizar o quadro.
