MEU BEBÊ: Davi Ortiz Maciel, onze meses

Foram muitas as respostas que Jacqueline Ortiz Maciel ouviu dos médicos para tamanha a demora em conceber. Ovários policísticos, útero imaturo e até a falta de espaço para gerar um bebê. A última ida à médica resultou em um derradeiro ponto final: não seria possível ter um filho de forma espontânea. Dali para frente, as tentativas seriam através do tratamento de fertilidade, que custaria cerca de R$ 30 mil cada uma.

Embora tristes, a advogada e o marido, o contador Bruno Carlos Maciel, decidiram dar um tempo, angariar fundos e focar nas suas carreiras. Essa decisão foi tomada no início de 2013, e assim foi até junho do mesmo ano.

Enquanto Jacqueline se preparava para a defesa do TCC do curso de Direito e o exame da Ordem dos Advogados do Brasil, e se empenhava no estágio em um escritório de advocacia, tentava não imaginar como seria o futuro deles.
Evangélica, ela e o marido estavam juntos há 10 anos, e sempre desejaram um filho. No mesmo mês, em uma viagem a Minas Gerais para visitar uns amigos, a oração de uma pastora descansou seu coração nesse período turbulento. “Pensei comigo: ‘o que tiver de ser, vai ser’. Entreguei meu desejo”, disse.

Quando julho começou, Jacqueline não estava se sentindo muito bem. Passou a manhã toda enjoada enquanto fazia uma prova final da faculdade e só parou para imaginar que poderia ser o sinal de uma gravidez à tarde, durante o estágio. Fez o exame de farmácia, positivo. Fez o exame de sangue, positivo. O coração não se aguentava de alegria. No consultório médico, porém, nada na ecografia e mais uma justificativa: talvez fosse uma gravidez psicológica, que poderia refletir no exame de sangue.

“Eu não me entristeci. Eu fui para a casa confiante e disse que voltaria para uma nova ecografia dali uma semana”, conta. No encontro seguinte, 4 centímetros de gente provavam o que o casal já sabia: viria um bebê.
Davi chegou de parto normal pesando 3,815kg e 51cm.

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