Só deu ela. Camila Queiroz, atriz que viveu a personagem Angel, em “Verdades Secretas”, roubou a cena do primeiro dia de desfiles do Minas Trend. Ao som de Eduardo e Mônica, do Legião Urbana, a bela abriu o desfile da estilista Fabiana Milazzo com um vestido jeans bordado manualmente e as costas de fora. O tecido da peça era outra novidade, o Avanguard Duo Core Denim foi desenvolvido em parceria com a Canatiba e, ao mesmo tempo em que se parece com o jeans, se adapta perfeitamente ao formato do corpo. Ao fim, com um vestido de festa, feito em cetim bucol e saia godê, Camila pisou pela segunda vez na passarela.
O desfile da marca ainda ofereceu um jogo de opostos, com uma coleção forte X feminina, artesanal X tecnológica. Os bordados e as estampas eram inspirados na natureza. No shapes, saias godês, mídi e longas. Vestidos ajustados ao corpo com detalhes em gola alta, assimetria e um ombro só. A alfaiataria é a novidade da marca.
Entre os materiais o maior destaque é o jeans. Moletom, tule, seda e e zibeline também aparecem. Na beleza, o azul esfumado promete ser uma das tendências para a make de inverno.
Em uma terra um pouco mais distante, era uma vez o desfile da Vivaz. A marca trouxe para a passarela muita magia e até um cavalo mangalarga marchador, que encerrou a apresentação. Neste universo, ninfas, guerreiras e princesas se misturam, mostrando que a delicadeza, a força e o romantismo podem existir ao mesmo tempo em todas as mulheres.
Na coleção “O Conto” rendas e bordados fazem um contraponto. Tecidos fluidos, mangas bufantes, shapes lânguidos e botões forrados trazem romantismo nos tons chá, bege e rosa buquê. Detalhes delicados como mini nervuras e aplicações em renda dão o toque final.
Seguindo a tendência gender bender a alfaiataria vai à festa com tecidos finos, como o veludo. As camisas têm laços que lembram gravatas borboleta. Corselets marcam a cintura e a pantacurt se consolida. A marca ainda traz estampa floral para a passarela, provando que a print não precisa ser usada apenas na primavera. Na beleza, pele acetinada e iluminada com o aspecto natural. Cabelos soltos e com ondas levemente marcadas. O Styling foi feito por Giovanni Frasson.
Lucas Magalhães transformou a passarela num ambiente nostálgico. Revisitando o seu próprio trabalho, o estilista se baseou nos clássicos para trazer peças contemporâneas. Num primeiro momento as modelos fizeram um pré-desfile atrás da passarela, cobertas por uma barreira que simulava o efeito de névoa, só que cor de rosa.
Tricô, couro e alfaiataria foram as bases mais importantes da coleção e deram estrutura para as peças. O couro é uma novidade na marca, enquanto o tricô é um item recorrente no trabalho do estilista. As linhas são retas e os comprimentos midi. Os casacos em tricô traziam zíperes como um toque de modernidade.
Na cartela de cores que inclui preto, branco, laranja e rosa, as estampas exclusivas (ponto forte da marca) remetem à geometria. A cintura é bem marcada. Na beleza, rabo de cavalo baixo e olhos com os cantos esfumados em laranja metálico.
Não é de hoje que moda e arquitetura se completam. A Faven buscou inspiração na sobriedade do design dos anos 1930, auge da escola Bauhaus, para apresentar peças com composições intensas, geometria e sofisticação.
Os shapes mais secos ganham bossa com assimetria, fendas e recortes. A alfaiataria traz elementos do militarismo. O resgate de técnicas permitiu o desenvolvimento de novos jacquards, destaque da coleção, que aparecem em peças chaves como pantacurts e coletes, fortes apostas para a temporada. O comprimento preferido é midi.
A mistura de cores como bordô, verde militar & mostarda, azul marinho, bordô & mostarda, vermelho, azul & preto e azul, laranja & preto deixa tudo mais interessante.
Com uma pegada urbana, a grife Anneest Folle trouxe assimetria em fios robustos de seda. Vestidos estampados e vaporosos, tricôs recortados e mangas largas vieram com uma pegada fashionista. As botas estampadas aparecem às vezes como cuissardes combinadas com mini-vestidos, às vezes como ankle boots com vestidos e saias fluidos e assimétricos.
As bijoux vem em versão bold maximalista e com materiais inusitados. Os bordados em organza de seda e as estampas em cores fortes e contrastantes brincam entre volants e bandeaux, formando jogos de volumes que brotam dos recortes assimétricos das peças.
