Moda e beleza

Marina Fabri, especial para a Gazeta do Povo

A febre das máscaras faciais de tecido. Quais os riscos e benefícios?

Marina Fabri, especial para a Gazeta do Povo
14/05/2017 18:00
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Máscaras faciais de tecido são sucesso na Ásia e começam a chegar ao Brasil. Foto: Bigstock

Famosas e muito utilizadas na Ásia, onde viraram febre entre quem gosta de produtos de cuidados para a pele do rosto, as máscaras faciais de tecido estão, aos poucos, chegando ao Brasil também. Conhecidas como ‘sheet masks’ (termo que significa justamente ‘máscara de tecido’ mesmo), as máscaras diferenciam-se da maioria dos cosméticos para o rosto tanto no formato quanto na forma de utilização: elas são fabricadas em material que lembra o dos lenços umedecidos, vêm em envelopes individuais e de uso único.
Criadas na Coreia do Sul, elas rapidamente viraram moda em toda a Ásia e, aos poucos, começaram a ganhar o coração das ocidentais também. De acordo com os números mais recentes do grupo norte-americano NPD, que faz estudos de mercado para identificar tendências de consumo, só em 2014 o aumento das vendas de produtos deste tipo nos Estados Unidos chegou a 60% em relação ao ano anterior. No Reino Unido, Itália e Espanha também houve aumento nos números, embora de forma menos expressiva.
Tipos e vantagens
Entre as marcas coreanas, o céu é o limite: há desde as versões mais básicas, que prometem hidratar a pele, até as com ingredientes exóticos, como essência de lesma, que prometem regenerar a pele. Por aqui, as mais comuns são as anti-idade e hidratantes.
Já dá para achar as máscaras no Brasil: Sephora e Adcos têm as suas. Foto: Divulgação.
Já dá para achar as máscaras no Brasil: Sephora e Adcos têm as suas. Foto: Divulgação.
No Brasil, duas marcas já têm as máscaras de tecido no seu portfolio de produtos – a Sephora Collection (marca própria da Sephora) e a Adcos. A Sephora Collection tem oito versões por R$ 34 cada: Rosas (hidratante), Chá Verde (absorve excesso de oleosidade), Pérola (iluminadora), Ginseng (hidratante e relaxante), Lighzi (suaviza linhas de expressão), Romã (energizante, combate sinais de cansaço) e Mel (trutiva e calmante). Já a Adcos tem apenas uma versão, a Syn Ake, que promete hidratar e reduzir linhas de expressão (R$ 23 cada).
Para o pesquisador em cosmetologia e farmacêutico, Lucas Portilho, as máscaras (que são úmidas) podem potencializar ação rejuvenescedora, fornecer tratamento antiacne, clarear a pele, estimular colágeno, controlar oleosidade, entre outras vantagens. “A diferença é que elas são úmidas e no meio úmido os ativos penetram mais. Elas não são máscaras secas. Essa é a principal vantagem, juntamente com a oclusão, que faz com que os ativos sejam obrigados a atingir o alvo, não existe outro caminho a percorrer: eles vão penetrar na pele”, completa.
Como usar
Para usá-las, é só tirar a máscara do envelope, desdobrá-la e colocá-la sobre o rosto – a pele deve estar seca e limpa. Depois disso, é só aguardar entre 20 e 30 minutos, remover a máscara e massagear bem a pele para que o produto seja totalmente absorvido, não há necessidade de lavar o rosto (como se fosse um hidratante tradicional mesmo). O ideal é fazer esse procedimento à noite, antes de dormir, para que o sérum que vem na máscara siga agindo durante a noite.
A maioria delas pode ser usada uma ou duas vezes por semana. Não há contraindicações – o importante é sempre buscar uma máscara que tenha a ver com as características de cada pele (ou com o objetivo que se pretende alcançar). O dermatologista Jardis Volpe, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia, recomenda também uso dessas máscaras como complemento para tratamentos de laser e injetáveis. “Gosto bastante dos resultados. Muitas vezes eu falo para o paciente usar uma vez por semana ou a cada 15 dias também como tratamento domiciliar”, afirma.
Serviço
Lojas Sephora e Adcos, ambas no Patio Batel (Av. do Batel, 1868, Batel) e ParkShoppingBarigui (Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600, Mossunguê).

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