Da semente vermelha e pequenina, semelhante à pitanga, é extraída uma manteiga suave, com alto potencial reparador. A ucuuba, fruto da Floresta Amazônica, é a matéria-prima da nova linha da Natura Ekos, que tem um hidratante para mãos e áreas ressecadas, uma manteiga corporal e um desodorante corporal. O lançamento para a imprensa foi realizado na última quarta-feira (15), na Fundação Oscar Americano, em São Paulo.
De acordo com Daniel Campos, diretor de cuidados pessoais da marca, a Natura encontrou na semente da ucuuba uma solução para um paradoxo da cosmética. “As consumidoras querem hidratação intensa, mas sem peso na pele nem sensação de pegajosidade. Os novos produtos têm textura leve e suave, boa espalhabilidade e 48 horas de hidratação comprovadas.” Da casca da ucuuba é retirado o óleo essencial que dá a fragrância suave dos produtos.
A gerente de sustentabilidade da Natura, Renata Puchala, afirma que a nova linha vai além da relação consumidor x produto, porque inclui as comunidades tradicionais da Amazônia. “Buscamos a sabedoria dos povos da floresta e geramos uma fonte de renda para as famílias ribeirinhas através da coleta da ucuuba”, explica.
Para falar sobre o impacto social e ambiental do lançamento da Natura Ekos, esteve presente ao evento a líder do Movimento das Mulheres das Ilhas de Cotijuba (MMIB), Adriana Lima, de Belém (PA). “Fizemos a comunidade entender que a ucuubeira vale mais em pé do que derrubada.” A árvore da ucuuba é vendida por R$ 20 à indústria madeireira. Preservada, ela é fonte de renda por três vezes por ano, pela coleta do fruto, que é feita de forma sustentável, respeitando o tempo da natureza.
A ucuubeira é uma espécie ameaçada de extinção por conta do aumento da exploração madeireira nos últimos 30 anos. A madeira da árvore é usada na confecção de estacas, cabos de vassoura, batentes de porta e em telhados.
