Moda e beleza

Simone Mattos, especial para a Gazeta do Povo

Nem sempre a moda é democrática

Simone Mattos, especial para a Gazeta do Povo
30/10/2011 02:12
É isso que costuma fazer a arquiteta e empresária Adriana Nakamura, autora do blog de moda eunãotenhoroupa. “Não posso seguir à risca todas as trends. Aliás, acho que pouquíssimos podem”, afirma. Embora ame a moda e esteja sempre superligada nas tendências, ela procura respeitar seu tipo físico, rotina, estilo e idade na hora das compras.
Quando vê algo que gosta muito, mas que não lhe favorece, procura soluções alternativas. Como exemplo, cita as maxisaias, que não ficam bem para as baixinhas. “Eu queria ter uma, então comprei um modelo bem comprido e, para compensar as pernas curtas, usei com um salto bem alto e uma blusa sequinha no mesmo tom da saia, o que me fez parecer ter 15 centímetros a mais”, ensina.
A consultora de imagem e estilo Adriana Izumi destaca a importância de valorizar o corpo com as peças certas e garante que o maior erro é tentar copiar os editoriais de moda. “Se o seu biotipo não for igual ao da modelo, a roupa pode não vestir bem.” É preciso avaliar a proporção da cintura em relação ao quadril e o ombro e também o comprimento das pernas. Outro fator fundamental é a identidade de cada um. “A mesma roupa em duas pessoas nunca é a mesma, portanto, querer se vestir igual outra pessoa só pode dar errado”, alerta a consultora. “Você pode se inspirar, mas copiar, jamais.”
A advogada Rafaela Dalossa Freire não costuma seguir as tendências de moda à risca, a não ser que realmente lhe agradem. Apesar de ser privilegiada com seus 1,80 metro de altura, tem muito cuidado ao escolher novas peças. Antes de adquirir uma roupa nova, segundo ela, é importante avaliar a utilidade da mesma, ver se combina com alguma outra coisa que já existe no armário e se tem a ver com o seu estilo.
Na contramão
O restaurateur Delio Cana­­brava, dono de um estilo muito próprio de se vestir, conta que nunca seguiu tendências de moda, pois não gosta da ideia de uniformização e padronização. “Cada pessoa é única e tem uma história diferente”, justifica. Com formação acadêmica em design gráfico, Délio explica que gosta de surpreender, mas com autenticidade. “Tento passar a mensagem de que o importante é o conteúdo e que as aparências enganam como ‘ouro de tolo’”, brinca.