Lançamento da L’Occitane é indicado até para peles oleosas. Será? Foto: Divulgação
Comuns nas prateleiras de lojas de cosméticos do Hemisfério Norte, os óleos faciais (em geral, multiúso) também têm conquistado espaço no Brasil nos últimos cinco anos nas embalagens das marcas mais high-end. Um dos últimos lançamentos foi da L’Occitane, o Óleo Divine Immortelle Antissinais, que custa R$ 395 (30ml) e promete rápida absorção para tratar peles secas e até oleosas (que devem usar o cosmético apenas à noite).
Os óleos prometem proteção intensiva contra problemas que levam ao envelhecimento da pele, como desidratação e radicais livres. Por terem extratos puríssimos e alta tecnologia, muitas marcas apregoam que esses produtos servem para qualquer tipo de pele, seja do corpo ou do rosto, e para os cabelos. Mas será que são mesmo apropriados para as peles brasileiras, tão propensas a terem oleosidade natural?
Vantagens
Para a dermatologista Vanessa Nunes, de Curitiba, o produto tem razão de ter um mililitro tão caro e ser tão incensado lá fora (por aqui, as versões capilares ainda são as mais populares). Isso porque a fórmula dos óleos faciais tem tecnologia que permite quebrar a barreira de oleosidade natural da pele, de forma a depositar os princípios ativos do cosmético com estabilidade. “É uma grande vantagem os ativos serem conduzidos pelo óleo”, diz ela.
Para a dermatologista Vanessa Nunes, de Curitiba, o produto tem razão de ter um mililitro tão caro e ser tão incensado lá fora (por aqui, as versões capilares ainda são as mais populares). Isso porque a fórmula dos óleos faciais tem tecnologia que permite quebrar a barreira de oleosidade natural da pele, de forma a depositar os princípios ativos do cosmético com estabilidade. “É uma grande vantagem os ativos serem conduzidos pelo óleo”, diz ela.
A ideia vem de um termo médico, carrear. O óleo carreia o princípio ativo para dentro da pele, o disfarçando e mimetizando. Assim, o princípio passa sobre a superfície da pele sem irritá-la. “Em circunstâncias normais, o retinol agride, por exemplo. Dá vermelhidão e ardência. Em peles com tendência a manchar, isso pode ser ruim”, compara.
Ainda assim, Vanessa diz que não indicaria o produto para pacientes que tenham pele oleosa ou outros problemas, como rosácea e acne. “O risco é que os óleos atrapalhem a flora bacteriana da superfície da pele”, acredita. “Mesmo que a fórmula seja puríssima, quem tem predisposição a esses problemas provavelmente vai sentir a pele agredida”.
Vitrine
Veja produtos do tipo que fazem sucesso lá fora e aqui:
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