Moda e beleza

Carlos Ferreirinha ensina o que é o novo luxo

Luan Galani, especial para a Gazeta do Povo
05/06/2013 15:38
O Brasil está na moda. É o que garantiu o consultor de negócios e marketing da MCF Consultoria Carlos Ferreirinha, em palestra nesta quarta-feira (05/06) durante a oitava edição do Paraná Business Collection.
E a realidade comprova: arte de Os Gêmeos estampa lenços de seda da Louis Vuitton, a loja de departamento de luxo Le Bom Marché comemora seus 200 anos de existência com homenagem ao Brasil, a Coca-Cola troca o tradicional tom de vermelho de seus produtos por azul, amarelo e verde, entre muitos outros exemplos internacionais.
Com a experiência de quem já esteve à frente da Louis Vuitton do Brasil por quase sete anos, Ferreirinha explica que o desafio está em como imprimir os valores brasileiros – como alegria, samba e cores –, que é o que o mundo fashion deseja agora, nos produtos.
Para o consultor, muitas grifes procuram exatamente isso e, dessa forma, o mercado de luxo começa a se redefinir como uma escola de excelência. “Ser enquadrado dentro do luxo exige deixar o cliente com a boca aberta o tempo inteiro, investir em uma disciplina militar de inovação e ter um código muito claro de diferenciação”, afirma.
E a simplicidade, para ele, é o último grau de sofisticação. “Faça o básico bem feito e você verá resultados. Não podemos entrar na tendência de sofisticar demais, pois é muito fácil se perder.”
Curitiba no foco do luxo
Com base em uma pesquisa da consultoria McKinsey, Ferreirinha ressaltou a importância de se olhar constantemente para as novas áreas de mercado. E Curitiba está entre essas áreas, já que figura entre as 10 cidades brasileiras em pleno crescimento, perdendo apenas para São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
E Ferreirinha fez um alerta. “Perdão pela sinceridade, mas muitos estilistas e empresários da indústria têxtil afirmam que é difícil competir com as empresas de luxo, que parecem entrar aos montes no país, com apoio do governo. Mentira! Elas não chegaram ainda, mas vão chegar”, ressaltou. “A carga tributária do Brasil é uma das mais altas e o grande desafio para marcas internacionais é como chegar aqui com um preço competitivo, compreendendo como funciona o cenário brasileiro”.