Moda e beleza

Anthonella Thá

Double Trouble: O crochê que nunca sai de moda

Anthonella Thá
19/08/2016 22:00
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É fácil imaginar as nossas avós com um vestido de crochê. Acontece que o crochê deixou de ser coisa delas e passou a ser assunto nosso! E não estou falando daquele body de crochê rosa pink que “as inimigas” usam no verão com shorts curto e salto plataforma. O papo agora é sobre um dos trabalhos mais lindos e delicados aonde famoso handmade dá as caras. O clássico crochê, quando feito à mão em fios de seda, é a receita perfeita pra deixar qualquer look chique e despretensioso. E quem entende disso muito bem é mineira Giovana Dias, dona da marca homônima que já ganhou o coração de todas as paulistas e vem ganhando o Brasil. A marca começou há 15 anos com costumização de bolsas e hoje é referência nacional quando o assunto é crochê, principalmente quando se fala em crochê de alta-costura.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Giovana abriu seu atelier na Rua Joaquim Antunes, no coração dos Jardins, em São Paulo e tem como clientes a modelo Izabel Goulart, a voguete Donata Meirelles e a blogueira Christina Pitanguy, algumas das fãs de carteirinha da marca, que por manter essa estrutura artesanal das peças, garante a individualidade para cada uma delas. No verão, Giovana é marca comum nas malas das mulheres com os seus famosos biquínis de crochê. No inverno, quando misturado ao couro e outras texturas, sai do óbvio direto para o cool. Algumas peças, como os vestidos de festa, podem levar até 50 dias para ficarem prontas. No atelier trabalham várias artesãs para conseguirem chegar ao resultado final de uma peça de alta-costura em crochê. O ar romântico das peças atemporais, ao  ser composto com tecidos mais inesperados como o couro e o jeans, logo sai de cena e moderniza o look.
Para quem ainda não está acostumado, pode começar com os acessórios, como as bolsas de praia bordadas, os chokers, ou ainda, para o inverno, as botas over-the-knee, tudo de crochê.
Para o verão 2015, Karl Lagerfeld colocou o técnica nos holofotes da passarela da Chanel durante a semana de moda de Paris, inclusive, com uma série de modelos de bolsas de crochet. O fato é: a Chanel desfilando, ou não, ele sempre será atemporal e um super investimento fashion no guarda-roupa.
Mas quem pensa que tudo isso é obra brazuca, se enganou. Deus pode até ser brasileiro, mas o crochê definitivamente não é. Segundo historiadores, a origem da técnica é chinesa, se difundiu pelo Oriente Médio, chegando à Europa apenas em meados de 1700. Foi a francesa Éléonore Riego de la Branchardière que desenhou os primeiros padrões para serem replicados em seus livros. As revistas de crochê de hoje agradecem!