O topete não nasceu na capital paranaense, mas caiu nas graças das curitibanas que adotaram o penteado “como seu” nos anos 1990. E a febre se espalhou por mulheres de todas as idades. “A curitibana não gosta de sair de casa de qualquer jeito e o penteado é relativamente fácil de fazer, além de deixar o cabelo sempre arrumado. Por isso, ele fez tanto sucesso”, avalia a professora de História da Indumentária do Senai, Fernanda Marochi. Ela lembra que os cabelos armados e volumosos, que começaram a surgir na década de 1980, deram origem ao estilo.
Fernanda ainda conta que a moda do topete tem relação com o período Barroco, que foi a grande fonte de inspiração para o década de 1980, assim como os balonês, os laços e as mangas bufantes. “As perucas usadas na segunda metade do século 17 eram altas na frente, longas e volumosas, representando audácia e coragem. Olhando para estas referências a gente encontra a história do topete”, diz.
A maior exposição do trabalho do top hair stylist Viktor Gonçalves, do Vimax, considerado por muitos o “pai do topete curitibano”, também teria contribuído para a febre. Em 1990, o cabeleireiro foi convidado para assinar a beleza do concurso internacional de modelos The Look of the Year (hoje, Elite Model Look) e a repercussão foi instantânea. “Com inspiração em divas e nos anos 1960, todos os cabelos tinham topetes. Depois do concurso, Viktor trouxe isso para o seu salão e estourou”, explica o cabeleireiro Maurício Rodrigo, do Vimax. A tendência que acompanhava o penteado era as madeixas lisas combinadas aos olhos delineados estilo gatinho e batom vermelho. Neste editorial de beleza, duas versões do penteado que fez história em Curitiba.
Serviço
Fotos: Eros Hobmeier, fone (41) 9665-2899.
Modelos: Letícia Sales e Paloma Passos, Mega Model Sul.
Beleza: Ivo Vilela (maquiagem) e Maurício Rodrigo (cabelo), Vimax.
Modelos: Letícia Sales e Paloma Passos, Mega Model Sul.
Beleza: Ivo Vilela (maquiagem) e Maurício Rodrigo (cabelo), Vimax.
