Saúde e Bem-Estar

Marina Mori

Idade de quem sofre com acne passa dos 14 para 11 anos, indica estudo

Marina Mori
30/08/2017 18:00
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Foto: Bigstock

A idade média dos jovens que sofrem com acne baixou. Se o normal era que espinhas e cravos começassem a surgir nos adolescentes a partir dos 14 e 15 anos, os problemas relacionados à pele oleosa parecem afetar agora os mais novos, na faixa dos 11 e 12 anos, segundo uma pesquisa norte-americana da Persistence Market Research (PMR). De acordo com o órgão norte-americano, pelo menos 20% dos jovens convivem com a condição em quadros moderados a graves.
De acordo com Nadia Almeida, dermatologista do Hospital Pequeno Príncipe, os primeiros sinais de espinhas nas crianças que ainda não chegaram à puberdade podem corresponder às lesões pré-acne. “As crianças, principalmente as meninas por conta da menstruação, têm uma alteração hormonal na pré-adolescência que é comum até os 14 anos”, explica. Até essa idade, é normal que a pele comece a ficar mais oleosa e apareçam alguns cravos e espinhas, mas nada exagerado, segundo a especialista.
Nessa época, a dica é apostar na limpeza da pele para controlar a oleosidade. A especialista sugere lavar o rosto, o peito e as costas – regiões mais afetadas pela acne – com sabonete suave de duas a três vezes ao dia. Mas atenção aos excessos: caso a pele seja limpa de modo exagerado, existe o risco do efeito rebote, quando o corpo passa a produzir mais gordura.
Automedicação
A pesquisa da PMR também fala sobre o aumento da automedicação para os próximos oito anos. Dos US$ 4,9 bilhões movimentados mundialmente em 2016 para tratar cravos e espinhas, estima-se que o número salte para US$ 7,3 bilhões até 2025. Mas até que ponto os cosméticos são eficazes no combate à acne?
Para a dermatologista, não vale a pena investir nesse tipo de produto. “As propagandas geram muita expectativa, mas eles não têm efeito”, explica. Por ser classificada como doença, a acne deve ser tratada com o acompanhamento de um dermatologista. Mesmo assim, a especialista afirma que quase todos os adolescentes têm o hábito de compartilhar medicações entre si. “Cada pessoa precisa de um tratamento adequado.”
Nunca fazer:
Por mais que seja tentador, não se deve espremer espinhas e cravos. A manipulação pode resultar em manchas, cicatrizes e contaminações. A dermatologista também não recomenda fazer limpezas de pele sem indicação médica, pois existe o risco de aumentar as lesões.
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