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Anvisa suspende marca de anticoncepcional e pede que lote seja recolhido

Redação
26/06/2017 14:49
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Foto: Bigstock)

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a suspensão da distribuição, venda e uso de 13 lotes do anticoncepcional Gynera (gestodeno + etinilestradiol). Os lotes dos contraceptivos, fabricados pela Bayer, apresentaram resultados que não atendem à legislação sanitária vigente.
A suspensão foi publicada na manhã desta segunda-feira (26) no Diário Oficial e a empresa responsável pela produção do medicamento fez o recolhimento voluntário dos anticoncepcionais, por apresentarem resultados insatisfatórios quanto ao estudo de estabilidade, de acordo com informações da Anvisa.
Além da suspensão dos lotes da Gynera, a Anvisa determinou que a empresa também promova o recolhimento do estoque existente no mercado.
Veja quais os lotes que foram suspensos:
Lotes: BS01EN6 – BS01F2J – BS01F4A – BS01F2H: com validade para o dia 04/12/2017.
Lotes: BS01FJH – BS01FSK – BS01G1CC: com validade para o dia 28/06/2018.
Lotes: BS01G1D – BS01GJS – BS01GR4: com validade para o dia 25/08/2018.
Lote: BS01GSS: com validade para o dia 26/10/2018.
Lote: BS01H6F: com validade para o dia 26/04/2018.
Anticoncepcionais: para que servem?
Engana-se quem acredita que a pílula anticoncepcional tem apenas uma função no organismo da mulher. Além de regular o ciclo menstrual, a mescla dos hormônios progesterona e estrogênio (ou, por vezes, apenas a progesterona) podem ajudar na redução do risco de câncer de ovário e da endometriose, adenomiose, diminui os sintomas das cólicas menstruais e até mesmo da asma e esclerose múltipla. Confira alguns dos principais benefícios extra-concepção:
Miomas reduzidos – Nódulos da musculatura, o mioma é um processo benigno que também pode provocar dor, aumento do sangramento e que, de acordo com o tamanho e o local que se encontra, pode levar à infertilidade. A anticoncepção reduz os riscos de desenvolvimento da doença, especialmente relacionado ao tempo de uso. Se a mulher toma anticoncepcionais há pelo menos sete anos, o risco reduz em 50%.
Asma – Até mesmo os sintomas da asma podem ser reduzidos com os anticoncepcionais hormonais combinados. Há estudos que associam a inflamação dos brônquios com os hormônios.
Enxaqueca – Por estar relacionada a alterações hormonais, a regularidade promovida pelos contraceptivos beneficiam quem sofre de enxaquecas menstruais, que normalmente surgem durante o período de pausa.
Voz – Com o passar dos anos, muitas mulheres percebem mudanças corporais, inclusive na voz. As cordas vocais também são hormônios-dependentes e, na chegada da menopausa, pode-se perceber o engrossamento da voz. Os anticoncepcionais antiandrogênicos melhoram a qualidade, mantendo o timbre.
Câncer de ovário – Com a ruptura folicular que ocorre todo mês para a liberação do óvulo, a mulher sofre uma lesão na superfície do ovário. Cada rompimento exige que o ovário cicatrize. Quem faz uso dos hormônios combinados não passa pelo processo e a prevenção é acumulativa. Uma mulher que faz uso há mais de 10 anos tem redução de 80% no risco de câncer de ovário. Mais de cinco anos reduz em 20%.
Câncer do endométrio (útero) e hiperplasia – Estudos mostram resultados positivos também para a redução no índice de câncer do útero e hiperplasia do endométrio (aumento da espessura do tecido interno do útero). Mais de cinco anos de anticoncepcionais combinados reduzem em 50% este tipo de câncer e o efeito protetor pode persistir mais de 20 anos depois de finalizado o uso.
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