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A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que uma a cada 160 crianças nascidas no mundo venha a desenvolver os sintomas da Síndrome do Espectro Autista, o autismo. Em Curitiba, o cálculo dá conta que há cerca de 20 mil pessoas na cidade com a condição, muitas delas sem o devido diagnóstico ou tratamento — neste domingo (8) Curitiba terá uma Mobilização em prol do Autismo, no Parque Barigui, promovido pela União de Pais Pelo Autismo (UPPA).

>>”Descobri o autismo do meu pai quando ele tinha 72 anos”

O encontro, promovido pela União de Pais pelo Autismo (UPPA), acontece todo ano e reuniu, em 2017, cerca de três mil pessoas. Neste ano, o evento começará às 9h30 e terá recreação, caminhada, aulão de ginástica, apresentações de talentos e shows, entre outras atividades. A programação segue até às 17h.

“Nós teremos uma equipe de voluntários, que estarão no local com folhetos, mostrando os primeiros sinais do autismo e, principalmente, acolhendo as novas famílias que chegarem. O objetivo verdadeiro do encontro é aproximar as famílias, fortalecer a rede de pessoas envolvidas com o autismo para fazer a diferença e defender os direitos”, explica a jornalista Adriana Czelusniak, mãe do Gabriel, 12 anos, que tem autismo.

Adriana também é documentarista e autora do perfil Vivendo a Inclusão, no Instagram, além de voluntária da UPPA como gestora de comunicação e eventos, e ex-presidente da instituição.

 

(Foto: Henry Milléo / arquivo / Gazeta do Povo)
(Foto: Henry Milléo / arquivo / Gazeta do Povo)| Gazeta

Descoberta demorada

Como a síndrome abarca um espectro muito grande — desde pessoas com muito comprometimento até aquelas com pouco —, nem todos recebem o reconhecimento da síndrome. Há quem chegue à fase adulta e, só com o diagnóstico dos filhos ou netos, descubra o próprio autismo. Médicos pediatras e outros profissionais da área da saúde também não são orientados, muitos ouvindo falar da síndrome em uma única aula na faculdade.

Autismo na luta contra o preconceito

Seja na área de saúde, educação, bem-estar, as famílias com pessoas com autismo ainda têm muitos desafios a enfrentar, especialmente contra o preconceito.

“Hoje não se pode negar a matrícula a um aluno com autismo, que era algo muito comum antes. Mas, mesmo tendo esse direito de acesso garantido, o tratamento ainda não é adequado. O aluno está na sala de aula, mas nem sempre participa das atividades. Há escolas que deixam a criança em um canto, outras que cobram dos pais o acompanhante dos alunos. Na educação ainda tem várias questões de inclusão com qualidade”, explica Czelusniak.

Sinais do autismo

Os sinais da Síndrome do Espectro Autista surgem entre o primeiro ao terceiro ano de vida da criança – sempre. Confira abaixo quais são os demais indicativos de uma possível condição, de acordo com informações da UPPA:

Sinais motores: A criança com autismo, geralmente, corre de um lado para o outro, bate palmas ou chacoalha as mãos para cima e para baixo, chamado de flapping. Ela também tem ações atípicas e repetitivas, como alinhar e empilhar brinquedos, observar objetos e atenção exagerada aos detalhes de um brinquedo.

Sinais sensoriais: A criança com autismo tem o hábito de cheirar ou lamber objetos e tem uma sensibilidade exagerada a sons de liquidificador ou secador de cabelo. Ela também foca em detalhes de objetos com luzes que piscam ou emitem barulhos, além de objetos com peças que giram, como ventilador.

Sinais na rotina: Rotinas com rituais rígidas e, qualquer mudança, gera crise de choro, grito ou manifestações intensas.

Sinais da fala

Mobilização em prol do autismo

Data: domingo, dia 08 de abril

Horário: das 9h30 às 17h

Local: Parque Barigui

Mais informações, aqui.

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