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Sâmia, de 7 anos, enviou um desenho de coração para o ator, que o transformou em imã de geladeira (Foto: Divulgação hospital Nossa Senhora das Graças)
Sâmia, de 7 anos, enviou um desenho de coração para o ator, que o transformou em imã de geladeira (Foto: Divulgação hospital Nossa Senhora das Graças)| Foto:

Para Samia Luize Sanches Chiella, 2017 tem sido um ano de surpresas. Em julho, antes de ser internada para receber um transplante de medula no Hospital Nossa Senhora das Graças, a menina de sete anos recebeu uma mensagem em vídeo do seu personagem favorito da série Grey’s Anatomy, o George O’Malley – ou, melhor, do ator que o interpreta, T.R.Knight.

Agora, na última quinta-feira (23), o ator fez questão de lembrar da menina neste fim de ano e compartilhou uma foto onde vestia a camisa da Seleção Brasileira, com a seguinte mensagem:

“Minha gratidão corre profundamente por muitas coisas, especialmente para um lugar chamado @hnsgcuritiba (hospital Nossa Senhora das Graças – Curitiba) e para uma linda menininha chamada Sâmia!”

O primeiro contato entre o ator e Sâmia foi feito através do hospital que, emocionado com a história da menina, procurou uma forma de tornar o processo um pouco mais leve. Sâmia foi diagnosticada com linfoma, câncer do sistema linfático, há dois anos. Desde então, ela e a família se mudaram de Toledo, no oeste do Paraná, para Cascavel e, em abril deste ano, para Curitiba para o transplante de medula.

T.R.Knight se emocionou com a história de Sâmia, principalmente porque o irmão do ator também teve de passar por um transplante de medula. Quando a menina soube disso, a família conta que ela ficou mais tranquila para o procedimento, realizado no dia 13 de julho.

Com a nova mensagem, a família divulgou a reação da menina ao ver a postagem. “Achei muito linda, o T.R. é um amor. O que ele fez foi muito importante para mim”. Para a mãe de Sâmia, Silvana Sanches, “a humanidade dele é exemplar”.

Confira o vídeo que o ator enviou à menina no início do ano:

Como se tornar um doador de medula óssea?

Ser um doador de medula não é difícil e, para fazer o cadastro, é preciso algumas condições, como: ter idade entre 18 e 55 anos e boas condições de saúde. A exceção na faixa etária é feita nos casos em que o doador for uma criança irmã/irmão do receptor.

O restante dos critérios costuma a ser o mesmo utilizado para a seleção de doador de sangue e o cadastro pode ser feito em qualquer hemocentro.

Durante o cadastro, cerca de 5 ml de sangue são retirados para a realização dos testes de compatibilidade genética. Também é feito um cadastro por escrito com os dados do voluntário, que ficarão armazenados no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Como é feito o transplante?

Se os resultados forem compatíveis com os de um paciente que precisa do transplante, o doador é chamado para realizar exames complementares que confirmem a compatibilidade e a ausência de doenças que impeçam a doação.

O tipo de transplante de medula óssea mais comum dura em média duas horas. O doador passa por uma pequena cirurgia, na qual recebe anestesia geral ou local (na área da lombar). São feitas de quatro a oito punções nos ossos da bacia para aspirar parte da medula, retirando em média 15 ml do volume da medula por quilo do peso do doador – o que não compromete sua saúde. Essas células retiradas são acomodadas em uma bolsa especial, congeladas e transportadas em condições específicas até o local do transplante.

A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Ele permanece internado por um dia e após uma semana pode retornar às suas atividades habituais. O portal do Redome informa que nos primeiros três dias, o doador pode sentir um desconforto de leve a moderado, amenizado facilmente com o uso de analgésicos.

Outra forma de coleta é chamada de aférese, quando o doador utiliza medicação alguns dias antes para aumentar o número de célulastronco no sangue. A pessoa faz a doação por meio de uma máquina que colhe o sangue da veia, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários.

Não há necessidade de internação, nem de anestesia. A decisão sobre o tipo de doação é exclusivamente dos médicos e varia de acordo com a situação do paciente.

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